No dia 21 de maio de 2002, a restauradora
Maria da Piedade Faria Costa visitou Itabaiana para vistoriar o coreto da Praça
Álvaro Machado na cidade, para analisar, avaliar e
apresentar sugestões técnicas para sua restauração.
O coreto está integrado à praça desde 1904,
em formato octogonal, constituído por estrutura de ferro inglês com cobertura
em abóbada sobre base alta de alvenaria. A estrutura é composta por oito
colunas dispostas de forma equidistante, intercaladas abaixo por gradil e acima
por elementos ornamentais, com abas decoradas por arremates fitomórficos.
Internamente, o coreto apresenta forro reto em madeira com entalhe raso.
O piso em ladrilho com tons cinza e avermelhado, apresentando desenho geometrizado
acompanhando o formato do coreto.
O coreto apresentava estado de degradação,
com oxidações intensas, substituições inadequadas de partes perdidas, perda
total e parcial de elementos. Os arremates das extremidades da coberta
ameaçavam desabar sobre os transeuntes.
A restauradora sugere, no final do seu
relatório, que “as partes que estão faltando da estrutura metálica que foram
levadas pelo ex-prefeito sejam resgatadas.”
O Banco Real, onde o Estado depositava o
pagamento dos funcionários, atendeu ao pedido do então Governador Cássio Cunha
Lima para patrocinar a recuperação do monumento histórico mais importante de
Itabaiana. “Trata-se de equipamento da melhor envergadura arquitetônica e
urbanística, de fabricação inglesa, símbolo da presença da urbanização da
cidade que o alberga, orgulhosamente denominada de “capital do vale do Paraíba,
nas proximidades da mata seca pernambucana”, registrou o Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba.
(Continua amanhã)
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