Leitor de Itabaiana do Norte escreve perguntando sobre o Plano Diretor da cidade. Não sei, mas vou perguntar às autoridades ditas competentes. Esse meu leitor itabaianense sonha com crescimento ordenado, responsável e com qualidade de vida para sua cidade, hoje vivenciando um caos urbano.
“O Plano
Diretor é o instrumento global de implemento de ação da política municipal de
desenvolvimento econômico, social, urbano e ambiental do Município de Itabaiana,
integra o processo de planejamento e gestão municipal, sendo vinculado para
todos os agentes públicos e privados.” Assim tem início o Plano Diretor da
cidade Itabaiana do Norte, aprovado na gestão da prefeita Eurídice Moreira,
depois de analisado, revisto, estudado e examinado por uma equipe formada por
técnicos, geólogos, linguistas, biólogos, enfim, especialistas em diversas áreas, até
veterinários como o Secretário de Planejamento Breno de Sousa e Silva.
O Plano Diretor jamais foi implementado no que tem
de mais importante, em forma de programas e ações estratégicas para melhorar a
vida do cidadão que aqui reside, através de políticas urbanas sérias e
comprometidas com a boa gestão. Até um Conselho de Política Urbana foi criado,
claro que jamais foi formado ou se reuniu. Eu desconfio mesmo que este projeto
aprovado foi copiado de alguma fonte sobre gestão ambiental, engenharia,
arquitetura e agronomia.
No artigo
105, sobre transparência, o projeto determina que “o Poder Executivo dará ampla
e periódica divulgação dos dados do sistema municipal
de informações por meio de publicação anual, disponibilizada na página
eletrônica da Prefeitura Municipal de Itasbaiana na Internet, bem como
facilitará seu acesso aos munícipes por outros meios possíveis.” Transparência
que jamais foi colocada em prática.
Proponho
uma pauta para a imprensa local: perguntem aos atuais vereadores se eles
conhecem o Plano Diretor da cidade. Outro dia, um vereador me disse que estava
com vontade de apresentar projeto de lei criando o imposto predial territorial
progressivo. No artigo 100 do Plano Diretor isso já é realidade, “com alíquotas
progressivas em razão do valor, da
localização e do uso do imóvel também como instrumento de indução ao
cumprimento de diretrizes constantes da lei do plano diretor”.
O Plano
Diretor foi aprovado em 2006, determinando que 2014 é o ano de reforma dessa
lei. Alguém aí aposta nessa revisão? Enquanto isso, absurdos urbanos continuam
atropelando os interesses da população local e o bem coletivo.
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