Que assunto me ocorreu hoje pela manhã, ao acordar e tomar o
suco dos dois limões regulamentares? Nenhum. Em que pensei distraidamente enquanto
ligava o computador para ler as notícias? Em nada.
E preciso arrumar urgentemente um tema para a crônica de hoje
da Toca do Leão para não passar vergonha diante dos meus seis ou sete leitores
diários, entre eles meu considerado doutor Rômulo Bezerra, filho do ilustre
dramaturgo José Bezerra Filho.
Tem o caso de Rômulo, o gordinho sinistro que saiu do roçado
dos girassóis e voltou ao seu ninho tucano. Rômulo e Remo, os dois meninos que
mamavam nas tetas da loba italiana, sabe a lenda? Quando um peito secava, os
garotos trocavam de teta. Mas, isso não dá sustança de crônica, assunto que
causa ânsia de vômito na maioria dos dignos moradores da Paraíba velha de
guerra e de safadezas.
Não vou ver o jogo no telão ou no bar. Não gosto de
algazarra. Na remota juventude, apreciava ver a Copa tomando mel de tubiba.
Hoje, não. Cumpro garbosamente as normas regulamentares para quem tem problemas
com colesterol, fígado e esôfago. Nada de álcool. Verei meu Brasil varonil
ganhar dos chilenos, ou não, na maior sobriedade. Caindo o Brasil, heroicamente
tentaremos sobreviver, enfrentar a decepção como bravos patriotas de meia
tigela. Se ganharmos, vibração por mais uma vez provarmos ao mundo nossa
supremacia sobre todos os adversários na arte de fazer com o pé o que não
conseguimos realizar com a mente. Somos uns bocós, mas, bons de bola.
Sim, adiei mais uma vez meu retorno às caminhadas, mesmo com
o joelho doendo de artrose. Vou comprar meu novo tênis hoje, pra começar
segunda-feira. Lembrei disso lendo meu compadre Bebé de Natércio: “Tava
brincando com meu cachorro quando uma mulher, que eu não conheço, disse que eu
precisava fazer regime pro cachorro que está gordo. Uma sociedade que se
preocupa em fazer regime em cachorro, alguma coisa ta errada”.
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