Rosalvo Barbosa de Oliveira foi meu
colega ferroviário, exímio telegrafista. Soube do seu passamento depois de mais
de vinte dias do enterro. Meu compadre Renilson Correia Dias, outro
telegrafista de minha época, foi quem me deu a notícia. “Fui ao seu velório. Poucos dias
antes de desencarnar, Rosalvo me confidenciou que esta vida não dava mais pra
ele. Uma pena...”
Acho que Rosalvo morreu por ataque
cardíaco. Dizem que chamou sua filha e recomendou: “Tome conta de sua mãe”.
Depois, deitou na cama e foi se juntar aos colegas que também já subiram para o
andar de cima.
Meu compadre viveu na pátria dos homens sós, na nebulosa realidade dos que se entregam ao profano e ao sagrado do universo etilista.
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