"Cangaceiro", de Portinari |
Certo dia eu procurei entreter meus dois ou três
leitores desta Toca com uma história de um pretenso parente meu, nascido na
vila de Guarita, município de Itabaiana do Norte, que não é outro senão o
temido cangaceiro Cocada, como ficou conhecido Manoel Marinho, do bando de
Antonio Silvino. A família de minha mãe é dos Marinho, itabaianenses da gema,
inclusive meu avô chamava-se Manoel. Fiz uma analogia, forçando os galhos de
minha árvore genealógica para dar como ligado por consaguinidade a esse cabra
valente e perverso que foi Cocada.
Ontem recebi uma mensagem de Luana Santos Tinoco
Pacheco, que se diz bisneta de Cocada, moradora de São Paulo. Eis a cartinha
eletrônica:
“Conheci seu blog
Toca do Leão, show de bola. Outra coisa é que gosto muito de fazer amizades com
gente de diversos lugares, culturas, países.
Fabio, cheguei no seu
blog meio que sem querer, pois estava (e ainda estou) numa busca por mais
conhecimento e informações sobre minhas origens. Como vi que comentou no blog
que teria um parentesco com um dos integrantes do cangaço, nem pensei duas
vezes pra me aproximar e saber mais. O que eu sei é que sou bisneta do Cocada.
Sei também que minha avó materna também conheceu eles. Você pode me dizer como
soube desse seu parentesco? O que sabe mais sobre eles?”
Pois aí está, cara
Luana, a origem do meu “parentesco” com o cangaceiro Cocada. Esse cangaceiro
mereceu até um livro escrito pelo juiz de direito Sérgio Dantas, que faz um
perfil desse integrante do bando de Antonio Silvino. Cocada foi líder de um
subgrupo e foi morto em novembro de 1907 em Timbaúba, minha cidade natal.
Entretanto, minha
família mais moderna é tudo gente estilosa, garbosa e do bem. Nenhum malfeitor
na parada. Não sei se Cocada é parente, apesar de ter Marinho no nome e ser
itabaianense como meus pais. Se for, então somos primos distantes, eu e Luana. Meu
compadre Luciano Marinho também deve ter ancestralidade comum com o célebre
Cocada.
Assim é a Toca do
Leão, sempre interessada no “fator humano”, sempre em busca de nossa identidade
cultural própria.
Forte abraço a Luana
e seus familiares.
Hei amigo Fabio, aqui estou de volta.
ResponderExcluirMas dessa vez é para agradecer pela menção especial aqui no seu blog, que me deixou um tanto lisonjeada porém feliz. Como disse, vou persistir na minha busca e quem sabe, descobrir e voltar aqui pra te contar.
Um grande abraço!