Meu compadre Hugo Tavares fantasiado de Capitão do Cavalo
Marinho, no Ponto de Cultura Cantiga de Ninar
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A galera do Projeto “Livro na feira” quer aprender
técnicas de contação de histórias e outros macetes para incentivar os educandos
a se interessar por leitura. Outros, das oficinas de violão, adoram tocar para
os alunos das escolas públicas nos saraus. Eu sou novato na área, mas diante do
interesse do pessoal, estou me informando para passar algumas dicas sobre
oficinas de leitura.
Modestamente, sinto orgulho de ter começado tudo isso.
É certo que nem tudo dá certo. Meu sonho de organizar a biblioteca ainda é
sonho. É uma longa história, depois eu conto. Por enquanto, vou trazer os
livros para João Pessoa, tentar organizar o acervo e permanecer com o básico,
cerca de 200 exemplares, em Itabaiana, para as ações do projeto Livro na Feira
e as atividades nas escolas. Somos sonhadores. Vou iniciar essa oficina da
palavra, quem sabe interessa a mais professores da cidade que tenham mesmo
vocação para despertar consciências e compartilhar devaneios e ideais.
Por outro lado, estou pensando em aprender técnicas
para gravar em madeira, xilogravura, com meu compadre Josafá de Orós, dia 11 de
julho às 14 horas na Academia Paraibana de Letras, durante a 3ª Plenária da
Academia de Cordel do Vale do Paraíba.
E hoje vou tocar a “Canção do desterro” que eu fiz com
o colega Hugo Tavares, em homenagem a esse grande artista e militante pelas
causas nobres, que faleceu em 1º de julho. Será no programa “Alô comunidade”,
transmitido pela Rádio Tabajara da Paraíba AM, na frequência 1.110 KHZ ou pela
internet: http://radiotabajara.pb.gov.br/
Hugo Tavares é uma referência de decência e coragem.
Foi um lutador nesse nosso mundinho onde coragem e a amorosidade são armas
poderosas e necessárias para a construção de um mundo onde a desigualdade
social não prevaleça; onde todos tenham o mesmo direito à saúde, segurança e
educação; onde todos gozem de liberdade da palavra, de crença; onde ninguém
será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante. O poeta viveu
construindo um mundo decente através da poesia, da música e da palavra forte no
rádio livre. Cumpriu sua missão com dignidade.
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