Nem sempre se faz a leitura correta das diversas correlações de força que equilibram a vida |
“Ir embora é importante para
que você entenda que você não é tão fundamental assim, que a vida segue, com ou
sem você por perto. Pessoas nascem, morrem, casam,
separam e resolvem os problemas que antes você acreditava só você resolver. É
chocante e libertador – ninguém precisa de você pra seguir vivendo.” Isso eu li em portal na internet. Tomo pra mim esse recado, que estou de partida.
Acho que já vou indo, já dei minha contribuição, fui compreendido por alguns,
de outros sofri a intolerância e o sarcasmo próprios de uma certa incivilidade
que compreendo e deixo de menos. O importante é que emoções eu vivi, conforme a
canção de um certo “rei” de uma juventude ultrapassada.
Autocríticas
faço-as agora, sem nenhum problema. Não fui capaz de mobilizar melhor a galera,
falharam minhas ações para estimular o grupo e sustentar a peleja. Faltou
competência, nunca empenho e dedicação. Plena convicção de que construímos
algo, talvez nem tão concreto e evidente. Isso é reconfortante e alivia os
passos do meu retrocesso.
Peço
desculpas por algum deslize e até a próxima vez. Agradecendo pelos risos, pela
reflexão e pela alegria de construir coletivamente ações culturais tão
marcantes para tanta gente. Desde o jovem transgressor que aprendeu novas
facetas na vida através da música até o mestre que voltou a compreender a
dinâmica da existência, ensinando e assimilando lições através da arte.
As amizades vão continuar. De
longe, fico torcendo para que o grupo continue sempre na busca da simplicidade
e dignidade do fazer cultural, com humildade e prazer. Estou escrevendo um
livro sobre nossas experiências, vai se chamar “Cantigas de despertar”. Nele,
todos vocês serão citados com seus melhores momentos nessa nossa aventura
pontista. Espero reencontra-los mais felizes e realizados com nossos projetos
que ainda irão frutificar. Acredito nisso.
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