Ando tão descontente. Sofrendo de padecimentos
variados e alguns inaudíveis, outros quase desencarnados. São tantas as penas e
variáveis as prisões! Tormento pedindo eterno descanso.
Aborrecimentos mil
pelas quebradas desse meu Brasil. Desconsolo. Transtorno e inquietação. Sei
não, visse? Tanto descontentamento, irritação, um horror! Preocupação,
pesadelo, agonia desse fardo, angústias e infortuna.
Um drama no inferno onde faço papel de mártir. Desgosto
e pesar, eis meu nome. Vexame, abatimento e tortura. Persegue-me o flagelo
nesse transe onde padeço, carregando a cruz da desgraça e desolação. Sei não!
Nadar de braçada no mar de contrariedade, comendo o
pão que o diabo nem quis amassar. Desgraçado e infeliz, sorvendo o cálice da amargura
misturado com vinho de gengibre quente em copo de plástico descartável. Isso dá
náusea e mal estar. Sangrar de dor nesse castigo, desespero, aflição e
tristeza, amargura, miséria e tragédia, eis o quadro deste sofredor no
purgatório.
Acabrunhado, desditoso e banhado em lágrimas, este
desinfeliz, em lastimável estado de desolação, aflito, ansioso, sem assunto
para essa porcaria de crônica diária, pega do dicionário de ideias afins, abre
na página do verbete “sofrimento” e enche sua linguiça sem graça.
Sei não, visse?
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