Pelo Facebook,
reencontro o meu ex-pupilo Alex Santos, da escolinha de futebol do Canteiro que
eu orientava em Mari. Agora com 32 anos, Alex mora em Sapé com esposa e filhos.
O diálogo:
--- Tudo na paz,
professor! Acho que o senhor não lembra mais de mim, aquele magrinho
perna-de-pau que jogava na escolinha do Canteiro. Não me profissionalizei igual
a Dudu, o que se deu bem no futebol, daquela geração em Mari. Mas, agradeço
muito pela disciplina que o senhor nos ensinou, as boas viagens que fazíamos,
os treinos, os fundamentos que o mestre passava.
--- Sim, rapaz! Eu
lembro de você. Ainda mora em Mari?
--- Hoje sou
profissional no ramo de mecânica, sou soldador industrial. O profissional que
hoje eu sou, agradeço primeiramente a Deus, minha base que é a minha família e
aos bons mestres que tive a felicidade de conviver, pessoas como o senhor.
--- Legal, rapaz! Vou
te mandar umas fotos do Canteiro que eu tenho aqui. Talvez você esteja nelas.
--- Mande mesmo! Eu
agradeço muito. Relembrar é viver, eu tenho Mari no coração. Meus pais ainda
moram lá. Eu moro com minha esposa em Sapé. Trabalhei em Bayeux na Penalty,
durante 12 anos. Comecei como auxiliar de produção, depois ferramenteiro.
--- Vá em frente,
jovem! Gostando de saber que você se transformou num cidadão decente.
--- Aí fiz concurso
para a Prefeitura de Sapé para soldador, tirei em primeiro lugar.
--- Infelizmente eu
soube que alguns meninos da escolinha foram desencaminhados para as drogas.
--- É verdade,
professor. Lembra do Nicodemos? Ele se envolveu nesse mundo cruel.
--- Ainda vive?
--- Cometeu suicídio.
--- Horror!
--- Quando eu ia nos
finais de semana para Mari, ele sempre me via na rua e parava, ficava
conversando sobre a nossa infância. Ele às vezes até chorava, professor! Eu
dava conselhos a ele.
--- É uma pena
mesmo... OK Alex, foi uma satisfação revê-lo. Domingo irei a Sapé passar o dia
com meus pais, talvez a gente se veja.
--- Quando o senhor
vier, gostaria de rever, tirar uma foto pra registrar o momento. Ligue pra meu
celular, por favor.
--- Certo.
--- Foi uma
satisfação enorme teclar com o senhor.
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