Até de black bloc eles nos chamam (veja o detalhe da bandeira da Paraíba)
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Paraíba é meu país, minha seleção é o Treze de Campina Grande
e meu santo de devoção é Dom Helder Câmara.
Tem muito mané que fala mal de nós, nordestinos. Eu levo esse
povo só na gréia. Tem neguinho lá no sul que só faltou apostar o furico como
Lula não ganhava. Agora, se voltam contra o galeguin dos ói azul de Recife. Se
eu votasse, cravava nesse cabra, só pra greiar com os sulistas felas da
putistas. Pode vir a bobônica do rato que não ganha dos nordestinos. A gente
pode ser besta, safado, corrupto, mamador de bolsa isso e aquilo, analfabeto,
passa fome e quarto mundo, mas ninguém ganha de nós nas urnas.
Meu amigo Ameba, de reputação ilibada (o que porra é isso?)
já disse e ta dito: “o nordestino tem legitimidade pra governar essa bosta de
país. Somos o maior PIB, temos a maior população e foi aqui onde tudo começou”.
E quem não quiser que se mude. Vá pra tonga da mironga do cabuletê, em
homenagem ao poetinha Vinicius.
Um legítimo fela da puta chamado Maciel Caju, que é uma
pereba na minha perna, mesmo sendo paraibano, mete o cacete em nós. Ele diz que
temos uma inteligência emocional pouco equilibrada. Não sei o que Caju quer
dizer com essa bobagem. No vazio das profundezas do preconceito, um cara metido
a humorista, esse morador do “sul maravilha”, disse que o Nordeste é um lugar
sem energia elétrica, sem água e sem comida. Sim, e sem papel higiênico.
Recentemente, um canal de TV apresentou cantora paraibana.
Neguinho sulista tuitou: “Pessoal da Paraíba ta em peso no “The Voice” porque
eles dão água pros participantes”. Né danado?
O “cabeça chata” Rogério Tomaz vai na jugular. Ele acha
preconceito de qualquer espécie uma coisa de gente atrasada, que não saiu da
Idade Média na escala da evolução humana. Eu também acho. Só que atire a
primeira pedra pré-histórica quem não tem nenhum tipo de preconceito. Por
exemplo, sem nenhum exame crítico e sem fazer distinção alguma, acho torcedor
de um certo timeco rubro-negro carioca, pastor de igreja “pegue-pague”, cantor
de funk, babão de político safado, quem posta mensagens babacas nas redes
sociais, políticos tipo Jair Bolsonaro e cuspidores de microfone da laia desses
“comunicadores” mundo cão, uma turma que ficaria linda num forno crematório.
Essa é a pequena parcela dos meus muitos preconceitos. Quer
dizer, condimento picante no orifício dos outros é refresco de groselha.
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