Você sabe como criar um caranguejo de
estimação? Vejo aqui no Google que o melhor caranguejo para se ter como animal
de estimação é o Caranguejo Uçá, que vive tranquilamente em um pequeno cercado
com uma boa bacia de água e alimentos variados, frutas, verduras, carne, restos
de peixes e outros lixos orgânicos.
É que tem alguém aqui em casa que não pode ver
um bichinho na rua, abandonado, que traz pra criar. Temos gatos e cachorros,
mas ontem essa pessoa tão afetuosa com os bichinhos encontrou um caranguejo
perdido na rua, certamente escapado de alguma “corda” no mercado.
O bicho não é complexo, não tem carência de
muito espaço, também não se propõe a deitar com o dono nem ser acariciado. É um
crustáceo comum fora do seu habitat, com muita sorte por não ter acabado na
panela quente. Para a dona do bicho, esse indivíduo lento que anda de lado
merece uma chance. Prestes a ser esmagado pelos pneus dos automóveis, o animal
revelou-se ao olhar insuspeitado da criatura um ser merecedor de continuar
vivendo sua vidinha metódica. Foi salvo porque mostrou à criatura um sentimento
íntimo que a nenhum outro olhar se revelaria. Ele nasceu para ser livrado do
perigo pela criatura, aquela que tem certeza: tirando o Pai, o Filho e o
Espírito Santo, somos todos iguais. Siri ou pato, homem ou macaco, cachorro e
jacaré, na hora da humanidade não escondem suas afinidades. É na generosidade
de uma pessoa que salva um caranguejo na rua que se realiza plenamente a
natureza humana, porque fomos criados para sermos bons.
Regido pela lei da natureza, um dos gatos da
criatura examinou o caranguejo, suspeitando de sua natureza comestível. Foi
imediatamente isolado para evitar um caranguejocídio. Não lhe é dado ver que o
crustáceo é mais um peregrino adotado pela criatura caritativa. Momento único e
superior em que um ser humano se apieda de um animal irracional e por ele
demonstra afeição, porque o bicho inspira ternura.
Há um ato de clara virtude ao se proteger e
adotar cães e gatos, principalmente se for um bicho abandonado. O filósofo
Mauro Arruda doutrinou: “"Sem raça, sem graça, sem pedigree, sem destino,
sem futuro, sem rumo, sem valor. Só quem adota um vira-latas sabe sua real
importância...” E quem adota um caranguejo?
Muito bom! Amei o texto , rs, Hoje adotei pela segunda vez um caranguejo.. é uma fêmea.. filhote, a chamei de borboleta! para confundir mesmo, alias, nada melhor do que a curiosidade junto com a surpresa rs. Abraço!
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