quinta-feira, 10 de outubro de 2013

SONETO DO AMIGÃO – Mais um poetinha pra minha coleção

Como se sabe, sou colecionar de poesia ruim, sendo que eu próprio me arvoro de poeta medíocre, mas fico com Mário Quintana, esse sim, um poeta: “Para o espírito humano, melhor fazer poesia, mesmo ruim”.
Recebi de presente um livreto do poeta José Pessoa Cabral, que se diz funcionário público aposentado e acadêmico da Academia Paraibana de Poesia, ocupando a cadeira nº 28, patronada por Pereira da Silva, “primeiro paraibano a ingressar na Academia Brasileira de Letras.” José Cabral é de Mari, terra do poeta José Hermínio. Mas, o importante é ter atitude. O amigão foi à luta, publicou seu livreto e sai vendendo a dois reais, de porta em porta. A vida financeira dos poetas dava um livro...
O título da obra: “Críticas, romantismo e homenagens do amigão”. Da seleção de sonetos, escolhi este para minha coleção:

EU E MARIA BELA

De manhã quando eu acordo
Que abro a janela
Olho para Maria Bela
Do meu jeito eu abordo.

Ela diz: “eu não discordo
Que tu cuides da panela”.
Ai eu digo pra ela:
“De certo modo eu concordo”.

Maria se espriguiça
Dizendo: “Não faça doidiça
De me dá outro arrochão.

Manere no arrocho
Para me dar outro acocho
Vá devagar, furacão”

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