O mundo tem cerca de 196 milhões de blogs. O
meu Toca do Leão está entre os 30 milhões mais acessados. Não é nada, não é
nada... não é nada mesmo. Para impressionar meus quatro leitores, escancaro os
números de acessos até hoje: 554800. Mais de cinco milhões, o que é um número
respeitável. Na Paraíba, este blog ficou na posição 871.
O que isso significa? Nada, a não ser que
realmente tenho alguns leitores diários, mas não chega a ser esse desmantelo
todo. Um blog de amenidades e pontos de vista de um cidadão comum só interessa
a ele e mais meia dúzia de amigos. De certa forma, a gente se sente responsável
e com o compromisso de atualizar diariamente este espaço cibernético.
Os leitores são divididos em três blocos: os tabacudos, que são aqueles que não concordam comigo, os coligados e
partidários, formados pela minha turma que assina embaixo de minhas ideias,
mesmo estrambólicas, e os esbirros. Quem são os esbirros: aqueles felas da
gaita que vivem xeretando meu blog para me incriminar. Já respondi até a
processo. Aos amigos mando flores. Para os contestadores, saudações
democráticas, e os esbirros que tomem no aparelho excretor.
Não quero ser a fera feroz comedora de gente
safada, não pretendo ser palmatória do mundo nem nada. Nesse blog, o Leão quer
apenas dizer algumas bobagens quando a preguiça permitir, sem esquecer de
sonhar e brigar por um mundo mais bacana, conforme disse Emicida: “Não se
enganem; nós estamos sonhando, mas não estamos dormindo.” Gosto de saber que um
cara do naipe de Ivaldo Gomes e outras gentes finas acessam a Toca, sob o
comando desse desorganizador que vos fala, mas dando acesso a quem tiver algo
interessante para comunicar. Aqui o conhecimento é livre, a ignorância também.
Não obedecemos a regras, só as gramaticais, quando muito. Os conteúdos desse
blog dizem respeito a pessoas e coisas que foram e são importantes em algum
momento de minha vida. Por isso, a maioria é de carinho, afago e cumprimentos,
além da minha prestação de contas de quem quer abraçar o mundo inteiro na ânsia
de construir alguma coisa interessante nas artes.
No universo dos blogs e das redes sociais, o
mundo real não passa de um selfie postado, seja ele ridículo, brega, grotesco
ou nobre. Quem me conhece apenas pela Toca, talvez faça de mim uma imagem
bizarra. É porque eu tenho isso aqui como uma válvula de escape. Sabe o
carnaval? É parecido. Feito o tocador de trombone Zé Mula Manca que discursou
assim: “Tem que brincar mesmo, levar na esportiva. Esse é nosso movimento
social, é assim que a gente se manifesta, na gandaia, sem censura, garantindo a
governabilidade do país desses cornos que mandam na gente, pelo exercício
espontâneo do humor sarcástico, já que a gente não pode ir lá nos palácios
deles e meter a mão nas fuças dessa cambada de ladrão.”
Eu acho assim também. Ou quase.
E leio com o maior prazer pois sei do prazer que você tem em fazê-lo. Tudo que é bem feito faz bem. Continue. Gratidão.
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