A dinâmica
da vida é um tanto confusa. Planejo há mais de cinco anos um roteiro de
documentário para contar a história do nosso grupo de teatro amador em
Itabaiana, a partir da caderneta de anotações de Irene Marinheiro, a secretária
do grupo. O título: “A lista de Irene”, com os nomes dos antigos companheiros
de arte. A ideia seria ir atrás desse povo, saber onde estão, o que fazem e que
lembranças têm daqueles momentos de puro delírio artístico. Momentos gloriosos
pela singularidade do fato de que fazíamos teatro contestador em uma cidade
interiorana em plena ditadura militar.
Irene e
seu marido, meu compadre Zenito Oliveira, moram aqui pertinho, em João Pessoa.
Já fiz entrevistas com eles e outras pessoas do grupo. Falta um sutil detalhe
para completar o projeto do documentário: papel pintado da Casa da Moeda.
Enquanto não ganho na loteria, mantenho o sonho de registrar essa história.
Lembrei do
projeto ao ver minha ex-professora Irene em festa pelo seu aniversário.
Parabenizando a mestra, mando um alô para seu companheiro, velho Zenito de
antigas aventuras nas quebradas itabaianenses.
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