“A imagem do menino dá o tom do que senti
ontem ao chegar no Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, em Itabaiana. É neste
lugar que existe a única biblioteca da cidade. Quem puder doar um violão para
este trabalho, encordoamentos, quem puder de alguma forma ajudar, certamente
estará se engajando num projeto revolucionário. Comprei mais esta briga...” –
Lau Siqueira, Presidente da Fundação Espaço Cultural - Funesc
Menino tange o violão na janela do Ponto de Cultura
Cantiga de Ninar enquanto espera. Sua cidade pulsa cultura, seus irmãos e
amigos produzem cultura todo dia, ele também. E espera. Esperando fica que
alguém o veja, que os donos do poder façam pactos e parcerias com esses
projetos simples, que acreditem no povo e seu potencial, que as oficinas
culturais tenham lanche para a garotada, que os violeiros tenham encordoamento
para seus instrumentos, que seja mais fácil a conexão por internet em banda
larga decente, que um dia, quem sabe, esses pontos de cultura virem políticas públicas.
O menino e seus mestres são pessoas extraordinárias,
embora não pareçam. Personagens de uma cultura viva para um Brasil vivo. Não o
Brasil da burocracia, da politicagem, do jogo de poder, dos falsos brilhantes e
dos demagogos, dos incompetentes e ridículos. É como diz Célio Turino, o
inventor dos pontos de cultura: “esse povo dos pontos quer compreender
realidades e aproximar pessoas, contextos e formas de interpretação. Quer
quebrar hierarquias e construir novas realidades”.
“O
Cantiga de Ninar é uma joia rara do agreste paraibano.” – Pedro Santos, Gerente
Executivo de Articulação Cultural da Secretaria Estadual de Cultura.
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