Eu e Silvano Silva, o Mussulino |
Por onde andei, liberei gritos, esperanças, sonhos, esperneios, lições de plantação de sementes boas. Em Mari, cidade onde morei por 12 bons anos de minha vida profissional e pessoal, espalhei muitas sementes. Algumas germinaram. Trabalhei com futebol de base, fundei associações comunitárias, jornais, teatro e rádio comunitária. Movimentos mirrados, em uma sociedade muito conservadora, mas produzimos bem, alastramos ideias, estimulamos talentos, espalhei e fomentei arte, cultura e rebeldia.
Neste
mês entrevistei dois jovens de Mari, no meu programa de rádio na Tabajara AM.
Um deles, o Silvano Silva, fez teatro no nosso Coletivo Dramático de Mari.
Comediante nato, hoje faz shows, é locutor e produtor cultural. Também começou
as atividades de rádio na nossa comunitária Araçá.
Formei muitas lideranças, atletas, comunicadores, atores, líderes comunitários nos encontros, associações, grupos de estudo, palcos de teatro, estúdio de rádio, redação de jornais e nas centenas de reuniões do partido político que também ajudei a fundar em Mari. Fui do meio popular, digamos assim, e nesse meio, do movimento dos trabalhadores, da luta dos artistas para assumir seus espaços, da fome de justiça da juventude, do incentivo ao esporte sadio, batalhamos por uma sociedade aberta, livre e engajada. Não avançamos muito, mas, desses grupos de lazer, esporte, política, movimento social e mesas de bar saíram bons quadros.
Acho que contribuí para mudar destinos. Isso conta muito no cálculo do valor de uma vida que já se aproxima do epílogo.
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