quarta-feira, 1 de maio de 2013

Biu Pacatuba vai à escola em Sapé

A família de Biu Pacatuba esteve presente ao lançamento do livro em Sapé, em abril de 2011, na Câmara Municipal.

No dia 19 de abril de 2011, fui convidado para lançar o livro “Biu Pacatuba, um herói do nosso tempo”, na cidade natal do líder camponês, Sapé. Dois anos depois, recebo solicitação da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Odilon Alves Pedrosa para autorizar o uso pedagógico desse livro na sala de aula, dentro do projeto que está sendo elaborado naquele educandário.

O livro recebeu o Prêmio Patativa do Assaré, do Ministério da Cultura. O Prêmio foi instituído para incentivar iniciativas voltadas à criação, produção, pesquisa, formação e difusão da literatura de cordel e linguagens relacionadas. Meu humilde trabalho segue seu destino de difusor em versos de cordel das lutas do povo paraibano, como instrumento de interação social que é.

Está prevista a distribuição do livro na escola, ensejando a introdução dos alunos no universo da poesia narrativa e da literatura de cordel nordestina, podendo ser uma importante ferramenta tanto para professores e alunos em atividades na sala de aula, quanto para leitores de qualquer idade.

Para construir a reflexão sobre o tema, a filha do personagem, Maria Helena Malheiros, dará palestra aos alunos sobre seu pai e as lutas políticas em que se envolveu em Sapé nos anos 50/60; visita ao Grupo Escolar que leva o nome de Biu Pacatuba, no bairro Nova Brasília, onde os alunos serão levados a comunicar aos seus colegas daquela unidade educacional sobre quem foi Severino Barbosa, nome da escola; exibição do filme “Cabra marcado para morrer”, que fala sobre as lutas dos camponeses de Sapé e região, e da repressão policial depois do advento do regime de força implantado em 1964 no Brasil; palestra com personalidade ligada às lutas camponesas, a exemplo de Elizabeth Teixeira, viúva de Pedro Teixeira, companheiro de Biu Pacatuba, e apresentação de poeta repentista, cantando o tema das lutas sociais. Esse poeta, provavelmente será meu compadre Heleno Alexandre, grande vulto da arte do repente na terra de Augusto dos Anjos.

Se estou satisfeito?  Demais da conta, vendo a legítima literatura paraibana transformando-se em disciplina escolar dada a sua importância para a língua e a cultura, como ocorreu recentemente na cidade vizinha de Mari, onde a Câmara adotou meu livro “Mari, Araçá e outras árvores do paraíso” na grade curricular da rede de ensino municipal. Estamos formando jovens leitores e instruindo a nova geração sobre sua história.

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