Mussulino,
o caceteiro, vai invadir a Rádio Tabajara AM no próximo sábado, às 14 horas
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Hoje é dia das vocações, portanto vou saudando meu
amigo velho, compadre Ricardo Alves, lá em Mari, sujeito vocacionado para ser
ator de teatro, mas a vida acabou a festa dele. Não saiu de cena, entretanto
jamais terminou o espetáculo. Ele estará comigo no programa radiofônico “Alô
comunidade”, próximo sábado.
Por pura sorte e empenho dos camaradinhas Dalmo
Oliveira, Marcos Veloso, Beto Palhano e Fabiana Veloso, vamos completar 100
edições do programa no sábado que vem. É muita coisa para quem produz sem nenhum
apoio. Até os papagaios viviam calados
nas rádios comunitárias, foi quando começamos a irradiar o único programa
temático sobre radcom da Paraíba e, talvez, do Brasil, em uma emissora pública.
Para lembrar nossa luta, chamei também meu compadre
Silvano Silva, o coroné Mussulino, que começou comigo a brincar de rádio em
Mari, na velha Araçá de guerra. Lá fomos presos, processados e autuados,
devidamente grampeados, fichados e condenados pelo Sistema por ousar transmitir
sinal de rádio sem autorização do Leviatã Estado. Com o mesmo sentimento
libertário, faço esse programa numa rádio pública. Tiro, portanto, o chapéu
para esse governo de Ricardo Coutinho que deu a chance de ampliar a voz dos
comunicadores das rádios populares de baixa frequência, tão perseguidos e
massacrados.
Queria reencontrar em estúdio meus compadres
Ricardson Dias e Marcelo Ricardo, da Rádio Comunitária Diversidade do Jardim
Veneza, eles que foram baluartes nas primeiras gravações do “Alô
comunidade”. Um dia quando eu abrir os
olhos e sair do transe de imitador do cavaleiro andante lutando contra os
moinhos de vento, deixo de praticar essas loucuras. “Doidices são saudáveis;
sem elas, a gente enlouquece”, escrevi um dia, começando um poema inacabado.
Assim, tudo está reto e justo como cu de sapo,
conforme diz Zé Lezim da Paraíba, saudando gaiatamente seus irmãos da
Maçonaria.
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