Coisas de mãe
A mãe é pirlimpimpim
Não tem começo nem fim.
Pode, entretanto, prover
Um mundo de bem querer.
O filho destrambelhado
Constrói um carma pesado.
Mas a mãe, com segurança,
Barra do céu a vingança.
Nessa ternura contida
Ela espreita toda a vida.
Mesmo a insana semente
A mãe embala contente.
Aos ternos ouvidos seus
Chegam as verdades de Deus.
Das contas de exceder
A mãe declara entender.
Exceder ao amor bruto
Em estado absoluto.
E mais da mãe eu diria
Se não fosse sua cria;
Criador não se mensura
Aos olhos da criatura.
F. Mozart
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