domingo, 17 de fevereiro de 2013

TERAPIA DO ELOGIO





Compadre Fábio, 

sei que é chover no molhado alguém manejar elogios a você pela sua luta incansável pela cultura popular de nossa Itabaiana, entretanto não me canso de parabenizar você e todos os que fazem o Ponto de Cultura pela perseverança, luta incansável e determinação. Você é exemplo de desapego por aplausos fáceis e bens materiais. Prossiga e sempre terá meu apoio, já pedindo reservar um exemplar do livro sobre os Artistas de Itabaiana. 

Jurandi Pereira Filho      

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“Esse é o cara”, frase que atualmente o povo identifica um cara do bem. Valdemir, que para nós itabaianense é simplesmente “Valdo”, é esse cara completo em tudo. Não tive uma amizade tão de perto com Valdo até porque ele diz que chegou em Itabaiana em 1958 e eu ainda era criança, assim sendo somos de gerações vizinhas, mas alcancei um pouco do seu convívio. Valdo é sinônimo de Itabaiana. Não podemos falar de Vila Nova, Tic-Tac, Itabaiana Clube, carnaval, boemia, Carretel e de Correio e Telegrafo sem falar de Valdo, então “ Itabaiana é Valdo” e “Valdo é Itabaiana”.


Disse e repito: apesar de não ter sido aquele amigo de Valdo, dele só tenho boas lembranças. Vivíamos uma época preconceituosa e cheia de falsos moralistas. Valdo era superior a tudo aquilo. Amigo para ele era amigo, fosse rico ou fosse pobre, fosse branco ou fosse negro, fosse uma moça donzela ou prostituta , fosse boêmio ou não, ele era único e sempre estava com seu sorriso aberto para todos e com aquela alegria contagiante.


Alguém pode até questionar se digo que não fui tão próximo a ele, porque falo dele assim? Explico. Sempre que estou reunido com amigos itabaianenses, rememoramos os eventos e as pessoas, e as referências a Valdo são de muito carinho e é dentro desse contexto que exponho, portanto é essa a marca registrada de Valdo.


Não posso terminar sem relatar um fato. Recentemente, estando em João Pessoa, encontrei Valdo e Dedinha no Manaíra Shopping. O tempo passou e Valdo congelou, ta o mesmo, jovem, feliz e sorridente como no passado. Eu, que acima disse que quando ele chegou em Itabaiana eu era criança, hoje sou o velho e ele aquele jovem.

 
Orlando Araujo


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