Santos Souza com suas expressões faciais nos palcos cariocas
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Normando Reis e Jacinto Moreno conhecem bem essa figura, o ator Santos
Souza. Planejei montar uma peça sobre a obra de Augusto dos Anjos e me aparece
essa figuraça querendo participar da montagem do espetáculo “O Banquete final”.
Chamei Normando Reis e Jacinto Moreno para o elenco, mas fomos vencidos pela
petulância e estrelismo do Santos Souza. O resultado foi que a peça saiu, mas
totalmente desfigurada, com Santos Souza como diretor, ator principal,
figurinista, cenógrafo e produtor. Quase assinava o próprio texto.
Da última vez que vi Santos Souza, ele voltava do Ceará. Partiu de João
Pessoa com uma troupe circense, onde deve ter brigado com o dono do circo pelo
papel principal. Pediu alguns livros meus para vender, na base do meio a meio.
Nunca mais voltou.
Dito isso, parece que eu tenho bronca do Santos Souza, mas não. Longe
disso. Eu até gosto do danado. É um rapaz alegre, bonachão, talentoso como
ator. Só tem esse mal do estrelismo exacerbado e a mania de querer aparecer até
em velório. É do tipo que bota chulé até em pé de mesa.
Descubro no Facebook que Santos Souza está no Rio de Janeiro, na
Oficina Escola Nossa Senhora do Teatro. Numa praça como o Rio, é pra virar o
juízo pouco de qualquer um que sofra do mal do estrelismo. Esse rapaz deve
estar aprontado todas, com seus modos de bicão inveterado. Bom saber que Souza
está bem, fazendo o que gosta, brilhando sempre no seu microcosmo de fantasia.
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