quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Ruído na comunicação deu rebu na escola


Ontem, terça-feira, postei uma nota sobre o aluno que ganhou o concurso de redação do jornal EVOLUÇÃO. Na mensagem eu afirmava que “vazou o nome do estudante ganhador do certame literário”, citei o nome da escola e acrescentei: “Tem uma lenda urbana rolando por aí, segundo a qual o estudante atualmente não sabe ler nem escrever direito, por falta de estímulo. A língua escrita realmente é um problema para quem não lê. Mas, sempre tem as tais exceções que justificam a regra. Parabéns ao Evandro.”

Essa mensagem foi lida em programas de rádio em Itabaiana, causando revolta entre colegas e professores do estudante. A diretora da escola me ligou, exigindo explicações. Primeiro, ela não gostou do termo “vazou”, uma expressão de linguagem jovem, significando que foi publicado, que veio à tona. Depois, confessou que estava revoltada porque eu disse que o estudante não sabia ler nem escrever e a culpa era dos professores que não o estimulavam.

Expliquei à diretora que, quando falei em estudante, estava me referindo ao conjunto dos alunos brasileiros, e não ao rapaz que fez a redação. Ocorreu aí um típico problema de “ruído na comunicação”, que é qualquer elemento que interfere no processo de comunicação de uma mensagem de um emissor para o receptor.

Os especialistas citam quatro tipos de ruídos na comunicação: físico, fisiológico, psicológico e semântico. No caso, acho que se deu ruído de comunicação por problema semântico. As pessoas leram uma mensagem da qual não conseguiram entender o seu contexto.

A diretora pediu desculpas. O rapaz também se manifestou, entendeu minha justificativa.  Eu, de minha parte, acho que também deveria ter exposto melhor a ideia. A mensagem foi mal elaborada e pior recebida pelo receptor. Resultado: consumiu energia em vão, causou dissabores porque a comunicação não fluiu com clareza.



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