Há
dezessete anos, com o Estatuto da Criança e do Adolescente, o governo anunciava
à Nação que a criança passaria a ser prioridade absoluta. No entanto, em 1990,
ano de montagem dessa peça, nas ruas do Brasil encontravam-se 10 milhões de
crianças, entre 7 e 17 anos, sobrevivendo de esmolas, biscates ou furtos. Havia
cerca de 800 mil prostitutas com menos de 17 anos.
Marinalva Dionísio |
O
Coletivo Dramático de Mari e o Grupo Experimental de Teatro de Itabaiana
montaram o espetáculo "Cantiga de ninar na rua" para denunciar as mazelas da sociedade, na tentativa de
levantar o debate para um Brasil melhor a partir da redenção da nossa
juventude, onde os jovens sejam respeitados como a maior riqueza desse país.
Quinze
anos depois, os avanços são mínimos.
Valeu
para os jovens amadores desses coletivos cênicos. Ao realizar a magia do teatro
com uma bandeira dessas durante mais de oito anos, passamos a ser o espetáculo
de teatro amador que mais tempo esteve em cartaz no interior da Paraíba.
Da
peça, nasceu o Ponto de Cultura Cantiga de Ninar em Itabaiana, ainda com essa
preocupação de querer ser uma instância permanente de intervenção da sociedade
civil nas questões relacionadas aos direitos humanos.
O
Conselho Tutelar de Direitos da Infância da Juventude de Itabaiana, em 24 de
maio de 2011, lançou Moção de Apoio às atividades do Ponto de Cultura Cantiga
de Ninar, “que trabalha com a clientela de meninos e meninas vivendo em
situações de risco social, através dos seus projetos culturais e sociais,
estimulando o convívio social e ajudando no combate à violência contra nossa
juventude”.
Nossa
monitora Marinalva Dionísio é candidata a uma vaga como conselheira tutelar na
eleição do dia 4 de outubro próximo, entre outros nomes de pessoas realmente
dedicadas a essa nobre causa. Para Marinalva, meu apoio e desejo de que essa
parceria entre o movimento artístico e cultural e o Conselho Tutelar permaneça.
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