Maciel Caju terminou o noivado com uma dona chamada
Elisa com a seguinte sextilha:
Minha querida Elisa
Repare no prejuízo:
Se você é assim lisa
E eu também sou bem liso
Casar não nos autoriza
Pois inda tenho juízo.
Antonio Xexéu publica folhetos de cordel com temas atuais e
estórias que ele inventa. O último folheto ele escreveu em homenagem à prefeita
de um lugar no agreste da Paraíba. Mas, porém, todavia, a
prefeita não honrou o compromisso de pagar ao poeta, que por vingança espalhou
uns versinhos maldosos:
Dona
Dida e Antonio Carlos
Protagonizam
novela
Ela
falando mal dele
Chamando
moça donzela
Ele
esculhamba a prefeita
Não presta ele nem ela.
Maciel Caju é um xarope,
mas gosta de botar gosto ruim na vida dos outros. Essa quadrinha ele dedica ao
velho Leão, que sou eu mesmo. Fiquei de dar uma resposta à altura daquele anão moral.
Fábio Mozart é tapado
Mas é metido a poeta
E quando o bicho
encasqueta
É borra pra todo lado
Enquanto espero sentado
Sem que surja seu
talento
Vou espalhando ao vento
Que sua vida é uma mina
De hemorroida a angina
De tudo tem o safado.
Antonio Xexéu cantava
com Heleno Alexandre em um sítio de Sapé. Xexéu aproveitou a passagem de um
casal de caprinos para cantar:
A cabra ensinou ao bode
A
demonstrar compostura
Acabar
com essa frescura
De
comer cu, que não pode!
Eu
faço barba e bigode
Disse
o bodinho tarado
Já
ficando aperreado
Com o
cacetinho duro
Encostou
no pé do muro
Dizendo:
fode ou não fode?
Meu compadre Ameba
também foi vítima do veneno rimado desse Maciel Caju, sujeitinho metido a tomar
na rima.
Sempre vejo todo dia
Mozart andando com Ameba
Os dois feito uma pereba
Comendo toda energia
Descendo a escadaria
Da vida como lacaio
Igual a cesta e balaio
Ambos levando cipó
Desgraça não anda só
Ta sempre em má companhia.
Ameba também exercita sua veia poética. Por sua
conta, andou compondo uma reverência à nossa amiga paranormal Madame Preciosa:
Percorrendo
o mundo inteiro
Ela
mostrou seu valor
Demonstrando
forte ardor
Em
tudo que foi puteiro
Pau
conhece pelo cheiro
Melhor
do que lenhador
Por
prazer ou por amor
Qualquer
porra ela degusta
Tem um
fogo que assusta
Até
Corpo de Bombeiro.
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