ROMANCE DA
INCONFIDÊNCIA
Acabei de ler “A
barca dos amantes”, romance histórico do mineiro Antônio Barreto sobre Marília
e Dirceu, da Inconfidência Mineira.
Mistura poesia com
prosa, histórica com ficção, numa visão romanesca do célebre caso do Tomás
Antônio Gonzaga que amou dona Dorotéia e a independência, nessa ordem.
A bibliografia da
Inconfidência é enorme. Daquele episódio da história do Brasil colonial muitas
foram as versões. Essa é uma bonita história, na concepção desse poeta mineiro.
“Artista é alguém que, com seu trabalho, tenta tornar a vida mais
interessante”.
No começo do livro,
você fica um pouco entediado. Depois, a coisa toma ritmo e você se deixa levar
pela imaginação do Antônio Barreto, um artista a quem eu não conhecia.
ANTÔNIO TORRES
Esse outro Antônio
foi indicado por um cara do Facebook. Trata-se do autor do romance “Essa
terra”, que comecei a ler. Portanto, não obstante minha agonia de enfermo em
convalescência, tenho lido muito ultimamente. Esse romance começou bem. Acho
que vai valer a pena a leitura.
PESADELO
Tive um sonho ruim,
envolvendo trens. Pelo livro dos sonhos, sonhar com trem simboliza a volta de
amigos ou parentes que trarão ótimas novidades. A cena ferroviária do meu
pesadelo, porém, merece uma releitura. Trata de perda, ansiedade, angústia e
tribulação. Não dá pra pensar criticamente sobre sonhos, mas pode ser que
aponte um tema para poesia, por exemplo. Aquele trem atormentado me deu duas
estrofes. Espero concluir até amanhã esse poema para a Toca:
Não era o trem da
poesia de Ascenso
Assim penso
Era um trem carregado
de terror medonho
Assim sonho
CORDEL
Compadre meu pergunta
como fazer para entrar para a Academia de Cordel do Vale do Paraíba. “Basta
produzir cordel e ser indicado por algum acadêmico”, respondi. E ler, se
informar sobre o tema, porque deve-se ter um mínimo de conhecimento sobre a
arte que você pretende exercer. Acabei de ler um ótimo livro: “História crítica
do cordel brasileiro”, de Aderaldo Luciano. Para ele, “o cordel como tal só
existe no Brasil e é, provavelmente, a única forma original de poesia
brasileira”.
MEMORIAL
Meu pai, o jornalista
Arnaud Costa, pede para eu registrar sua biografia. “Memorial dos tempos de
Pingolença”, pensei como título. Pingolença foi um artista genial, conterrâneo
dele, símbolo da inteligência e da bravura daquela geração de itabaianenses.
MICRO CONTO
Na fila da lotérica.
Cartaz anunciando que a mega sena acumulou. Pagará 46 milhões a quem acertar as
dez centenas, ou sete, sei lá. O senhorzinho olha as cabecinhas impacientes da
fila e fica imaginando o que esse povo está pensando em fazer, se ganhasse a bolada.
Cada mente, uma ideia. Outro tiozinho, bem vestido, cabelos pretos pintados,
amassa o papel da Lotomania e joga ao lado, no chão brilhante. “Se eu ganhasse
a Mega, pegaria esse papelzinho e jogaria na lixeira, só pra humilhar esse
cara”, pensa o senhorzinho.
JOSÉ OCTÁVIO
O destacado
historiador José Octávio de Arruda Melo me deu a incumbência de escrever oito
laudas sobre as lutas sociais em Itabaiana, para uma coletânea que está
preparando sobre a Rainha do Vale. Sander Lee, será autor de estudo sobre os
poetas da cidade. Clévia Paz De Souza escreverá sobre o folclore da terra de
Mestre Chico do Doce. Edna Paiva falará sobre o carnaval tradicional e Ivan
Bezerra enfocará o esporte na cidade do grande meia-armador Naná do Vila Nova.
Nenhum comentário:
Postar um comentário