sábado, 11 de abril de 2015

ETC & ETC

ROMANCE DA INCONFIDÊNCIA

Acabei de ler “A barca dos amantes”, romance histórico do mineiro Antônio Barreto sobre Marília e Dirceu, da Inconfidência Mineira.

Mistura poesia com prosa, histórica com ficção, numa visão romanesca do célebre caso do Tomás Antônio Gonzaga que amou dona Dorotéia e a independência, nessa ordem.

A bibliografia da Inconfidência é enorme. Daquele episódio da história do Brasil colonial muitas foram as versões. Essa é uma bonita história, na concepção desse poeta mineiro. “Artista é alguém que, com seu trabalho, tenta tornar a vida mais interessante”.

No começo do livro, você fica um pouco entediado. Depois, a coisa toma ritmo e você se deixa levar pela imaginação do Antônio Barreto, um artista a quem eu não conhecia.

ANTÔNIO TORRES

Esse outro Antônio foi indicado por um cara do Facebook. Trata-se do autor do romance “Essa terra”, que comecei a ler. Portanto, não obstante minha agonia de enfermo em convalescência, tenho lido muito ultimamente. Esse romance começou bem. Acho que vai valer a pena a leitura.

PESADELO

Tive um sonho ruim, envolvendo trens. Pelo livro dos sonhos, sonhar com trem simboliza a volta de amigos ou parentes que trarão ótimas novidades. A cena ferroviária do meu pesadelo, porém, merece uma releitura. Trata de perda, ansiedade, angústia e tribulação. Não dá pra pensar criticamente sobre sonhos, mas pode ser que aponte um tema para poesia, por exemplo. Aquele trem atormentado me deu duas estrofes. Espero concluir até amanhã esse poema para a Toca:

Não era o trem da poesia de Ascenso
Assim penso
Era um trem carregado de terror medonho
Assim sonho

CORDEL

Compadre meu pergunta como fazer para entrar para a Academia de Cordel do Vale do Paraíba. “Basta produzir cordel e ser indicado por algum acadêmico”, respondi. E ler, se informar sobre o tema, porque deve-se ter um mínimo de conhecimento sobre a arte que você pretende exercer. Acabei de ler um ótimo livro: “História crítica do cordel brasileiro”, de Aderaldo Luciano. Para ele, “o cordel como tal só existe no Brasil e é, provavelmente, a única forma original de poesia brasileira”.

MEMORIAL

Meu pai, o jornalista Arnaud Costa, pede para eu registrar sua biografia. “Memorial dos tempos de Pingolença”, pensei como título. Pingolença foi um artista genial, conterrâneo dele, símbolo da inteligência e da bravura daquela geração de itabaianenses.

MICRO CONTO

Na fila da lotérica. Cartaz anunciando que a mega sena acumulou. Pagará 46 milhões a quem acertar as dez centenas, ou sete, sei lá. O senhorzinho olha as cabecinhas impacientes da fila e fica imaginando o que esse povo está pensando em fazer, se ganhasse a bolada. Cada mente, uma ideia. Outro tiozinho, bem vestido, cabelos pretos pintados, amassa o papel da Lotomania e joga ao lado, no chão brilhante. “Se eu ganhasse a Mega, pegaria esse papelzinho e jogaria na lixeira, só pra humilhar esse cara”, pensa o senhorzinho.

JOSÉ OCTÁVIO

O destacado historiador José Octávio de Arruda Melo me deu a incumbência de escrever oito laudas sobre as lutas sociais em Itabaiana, para uma coletânea que está preparando sobre a Rainha do Vale. Sander Lee, será autor de estudo sobre os poetas da cidade. Clévia Paz De Souza escreverá sobre o folclore da terra de Mestre Chico do Doce. Edna Paiva falará sobre o carnaval tradicional e Ivan Bezerra enfocará o esporte na cidade do grande meia-armador Naná do Vila Nova. 


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