“Se você tem um sonho,
tem que correr atrás dele”, diz a frase idiota do imbecil americano que fez um
daqueles filmes melosos para penetrar na psicologia e nas mentes dos babacas do
mundo e injetar a merda do estilo de vida daqueles veados gordões e sacanas.
Quem tem sonho, deve é dormir pra sonhar, bando de otários!
Hoje tou assim, tipo
“não tou nem aí”. Se minha vida fosse um processo judicial, seria arquivado
hoje “por falta de interesse das partes”.
Outro panaca escreveu em
um desses blogs fuleiras como o que vossa mercê está lendo agora, que eu
prontamente transcrevo, para não ter que pensar: “Uma vez um grande amigo me
disse que nós deveríamos ter o direito de não produzir. Ter o direito de ficar
coçando, morgando, de dormir o dia inteiro, de não produzir nada, nem
“artisticamente”, nem profissionalmente, nem financeiramente. Seria
praticamente o direito à depressão. O direto de viver fora do calendário, ou
como diria um adorável capixaba, “de ficar trancado do lado de fora da vida”.
Mesmo para um velhote
aposentado, a porra da sociedade não permite tal luxo. Tenho que me mover. Se
ficar parado, a falta de grana, a família e sua encheção de saco vão ficar
enchendo o saco. Não tenho direito nem ao autoexílio.
É por isso que os
babacas são felizes. A idiotice é vital para a felicidade. Gente chata,
visceral, dessas que querem saber o sentido da vida, ou que não querem saber de
nada além de suas experiências pessoas intransferíveis e inexistentes na tabela
de ações “normais” do ser social, esses malandros acabam por ser rotulados de
marginais. Por isso, mais uma vez prestarei meu papel de idiota e vou me
levantar desta cadeira para enfrentar a porcaria do mundo. Encarar os mesmos
safados de sempre, os hipócritas, os feladaputistas do mundo real e o babaca do
meu patrício brasileiro, um ser que é um tratado vivo de como ser aparvalhado e
ser feliz.
Eu diria, como Lary
Kramer: “Não é revolta, é saco cheio da realidade.” Enfim, entediado máster.
Sim, e sabem o que vou
fazer agora? Brigar com a companhia fornecedora de água que fica racionando o
produto e quer que eu pague pelas safadezas todas da empresa. Mês passado
paguei 50 reais. Este mês me mandaram uma conta de R$ 600 reais. Felas da puta,
pisam na bola, fazem merda e obrigam o consumidor a sair de sua zona de
desconforto pra resolver essa parada mal alinhavada e fedorenta. Pode ser
ponderado, fino e ter postura com uma safadeza dessas?
Jamais vou dominar os princípios da sociedade humana. Por isso, serei sempre um sujeito sem princípios.
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