domingo, 30 de março de 2014

Tom e Jerry nem são assim tão inimigos

Tenho um amigo que é sempre do contra. Esse camaradinha é muito triste, porque não consegue conviver com seu próprio fracasso, tem uma vida toda carregada por sentimentos ruins, baixa auto-estima, propensão ao flagelo, depressão e infelicidade.


Meu compadre velho desdenhou do programa “Alô comunidade”, chamou de “programinha repetitivo, sem nada de novo”. Assim é esse meu camaradinha. Transfere suas baixas emoções para terceiros. Mas, sua agressividade e indelicadeza gratuitos não me ferem. Os mal ventos mórbidos dessa turma mesquinha não nos derrubam. Na cidade Itabaiana do Norte, gente assim sofrida tem dito o diabo de um projeto cultural que mantemos no Ponto de Cultura Cantiga de Ninar. Pessoas que apodrecem de maldade e inveja com seus costumes idiotas de falar mal daquilo que não têm a capacidade de assumir e realizar.

Olhe, minha gente, não sou J. Cristo, mas vos dou meu perdão. Sei como é isso de você acordar com chicotinho intestinal, cheio de despeito, e sair falando mal de quem só pratica o bem. Nada fazem porque não têm qualificação moral nem intelectual, artística ou qualquer que seja. São uns inúteis que só deixarão de difamar o próximo quando se abater sobre eles o duplo silêncio da morte e do anonimato. Mesmo com seu modo de ser injurioso e maldoso, há uma utilidade nesse vivente ser fuxiqueiro e mordaz: ele simplesmente ressalta o traquejo social de quem tem dignidade e dedica sua vida a um nobre ideal. Todo Mozart tem seu Salieri para fazer o devido contraponto.

A história diz que Antonio Salieri era arquirrival do compositor Amadeus Mozart, de quem tinha muita inveja. Em seus últimos minutos de vida, o invejoso Salieri teria declarado sua eterna devoção ao grande músico austríaco.


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