Tenho
um amigo que é sempre do contra. Esse camaradinha é muito triste, porque não consegue conviver com seu próprio fracasso,
tem uma vida toda carregada por sentimentos ruins, baixa auto-estima, propensão
ao flagelo, depressão e infelicidade.
Meu compadre velho desdenhou do programa “Alô comunidade”,
chamou de “programinha repetitivo, sem nada de novo”. Assim é esse meu
camaradinha. Transfere suas baixas emoções para terceiros. Mas, sua
agressividade e indelicadeza gratuitos não me ferem. Os mal ventos mórbidos
dessa turma mesquinha não nos derrubam. Na cidade Itabaiana do Norte, gente
assim sofrida tem dito o diabo de um projeto cultural que mantemos no Ponto de
Cultura Cantiga de Ninar. Pessoas que apodrecem de maldade e inveja com seus
costumes idiotas de falar mal daquilo que não têm a capacidade de assumir e
realizar.
Olhe, minha gente, não sou J. Cristo, mas vos dou meu perdão.
Sei como é isso de você acordar com chicotinho intestinal, cheio de despeito, e
sair falando mal de quem só pratica o bem. Nada fazem porque não têm
qualificação moral nem intelectual, artística ou qualquer que seja. São uns
inúteis que só deixarão de difamar o próximo quando se abater sobre eles o
duplo silêncio da morte e do anonimato. Mesmo com seu modo de ser injurioso e
maldoso, há uma utilidade nesse vivente ser fuxiqueiro e mordaz: ele simplesmente
ressalta o traquejo social de quem tem dignidade e dedica sua vida a um nobre
ideal. Todo Mozart tem seu Salieri para fazer o devido contraponto.
A história diz que Antonio Salieri era
arquirrival do compositor Amadeus Mozart, de quem tinha muita inveja. Em seus
últimos minutos de vida, o invejoso Salieri teria declarado sua eterna devoção
ao grande músico austríaco.
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