sábado, 7 de abril de 2012

Cultura popular e mercado


Eu e o garoto Henzo, de quatro anos de idade, pandeirista do grupo folclórico “Flores belas”, de Santa Rita.

Recebo carta do meu compadre Valdemar Ferreira onde afirma que “precisamos superar o voluntarismo e que a produção cultural, material e simbólica não pode ficar dissociada das forças produtivas”. Isso ele diz em relação à matéria sobre os dois videastas que produzem seus filmes sem recursos financeiros. 

O tema é complexo e agora não estou disposto a meditar sobre ele, mesmo porque estou sofrendo os efeitos de uma virose pesada que me impede de raciocinar. Mas, lembro que nossos produtos não têm mercado comprador, quebrando a lógica capitalista. Quando se monta uma peça de teatro amador, é preciso que se vá de casa em casa convidando os amigos para ver nosso trabalho, de graça. Diferente da “alta cultura”, a cultura alternativa destina-se à fruição imediata, sem objetivos comerciais. 

Evidentemente que nessa produção vai muita coisa descartável, sem valor artístico. É nela, entretanto, que estão as memórias de nossa cultura, o que precisa ser registrado e preservado, como as manifestações folclóricas, seara onde a indústria cultural não trabalha porque não dá lucro.   

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