terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Última Hora de Zé Dudu

Vice-Prefeito José Bandeira anuncia blocos vitoriosos no carnaval de rua: escolas de samba, tribos indígenas, bois, ursos e demais troças carnavalescas. Presentes na foto: Arnaud Costa (à esquerda, sentado), Ivo Severo, Zequinha Bandeira lendo a relação dos vencedores, Prefeito Antonio Santiago e à direita o carnavalesco Nicó.



Ala das baianas da Última Hora. Abaixo, Manoelzinho Feliciano e Sônia

Nas décadas de 60/70/80 reinava absoluta em Itabaiana a Escola de Samba Última Hora, do carnavalesco Zé Dudu. Muito antes dele, nos anos 20, outro carnavalesco se destacava em Itabaiana. Era o saxofonista Severino Rangel, que depois virou Ratinho, da dupla Jararaca e Ratinho. Os dois ainda hoje botam o mundo pra pular e cantar ao som da marchinha “Mamãe eu quero mamar”, imortal e atemporal hino dos carnavais.

Tenho certeza de que dessa ninguém sabia: um dos autores da marchinha “Mamãe eu quero mamar” é esse artista itabaianense que anda merecendo um maior reconhecimento de sua terra natal. O povo, na sua franqueza e veia debochada, anda dizendo que a marchinha é o hino oficial de certo rapaz, filho de certa ex-prefeita.

Mas eu quero falar é da Escola de Samba de Zé Dudu, onde fui ritmista. Abram alas pra nossa Rainha Sônia, alegre e graciosa porta-estandarte da escola de samba do Cochila, Jucuri, Maloca e adjacências. Neste carnaval insosso de 2011, onde a cidade de Itabaiana recebe com vergonha uma decoração que “parece mais uma lapinha pobre em fim de festa”, segundo uma internauta no blog do Marconi, a Toca do Leão publica estas fotos da Escola de Samba Última Hora e flagrante do palanque oficial onde o então prefeito Dr. Antonio Santiago entrega troféus às escolas de samba, troças, ursos e tribos indígenas vitoriosos no carnaval de rua, que já foi um dos melhores do interior da Paraíba.

O vice-prefeito, Zequinha Bandeira, foi um genuíno carnavalesco e desportista. O prefeito Santiago não era muito chegado a essas manifestações populares, sujeito reservado que sempre foi, mas estava lá, no meio do povo prestigiando a cultura popular da cidade. Não tenho dúvidas em considerar tal atitude como uma prova de que os políticos de antigamente respeitavam sua comunidade. Hoje, os sórdidos caminhos da política nos deixam órfãos de verdadeiros líderes.

(Publicado em 5 de março de 2011)

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