Esse baiano
velho é meu compadre Dalmo Oliveira, jornalista de grosso calibre e alma
bondosa. Ontem ele escreveu no seu blog uma matéria sobre a situação por que
passa o Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, onde eu fiz um ligeiro
esclarecimento. O compadre não gostou, pegou mais ar do que pneu de trator, no
que eu peço publicamente as desculpas deste blogueiro. Sei que o Dalmo é pessoa
engajada nos movimentos sociais e quis dar uma força. Agradecendo ainda ao
mestre Dalmo, aproveito para fazer uma reflexão junto com o jornalista
Samarone, do Recife, que na sua crônica na internet pergunta o que é que está
havendo com as pessoas.
“Não sei o que
há, mas sinto, no ar, um certo peso. As discussões políticas se tornam quase
impossíveis. As câmaras secretas do egoísmo estão às escâncaras. Discordar,
agora, é quase uma blasfêmia. Sei de vários casos fraticidas via Internet,
amizades desfeitas por causa de textos publicados. Comentar algo que alguém
escreveu é quase como liberar cinismos trancafiados, com palavras que ferem e
deixam cicatrizes.” Isso na visão de Samarone. Eu acho natural que na internet
as pessoas mostrem os monumentos que são seus egos. Tem gente que se leva tanto
a sério que acredita mesmo que é o centro do universo. Claro que não é o caso
de Dalmo e da grande maioria dos meus amigos conectados nessa máquina doida que
se chama rede social.
Arrogância à
parte, quero dizer aos meus compadres e comadres que o caso do Ponto de Cultura
Cantiga de Ninar caminha para uma solução muito positiva. O clamor foi grande
entre as pessoas ligadas à cultura e movimento social, e estão acontecendo
respostas. Acho de uma importância fundamental o apoio de pessoas como Dalmo
Oliveira, Buda Lira, Bebé de Natércio, Edileide Vilaça, Cacá Barbosa, Beto
Quirino, Fernando Abath, Marcos Adriano e tantos outros que assinaram a Nota de
Solidariedade online. Só duas pessoas se recusaram a assinar, entre elas um
rapaz que foi estudante de música no Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, talvez
porque ligado à família proprietária do imóvel.
É como diz Edgar
Morin, filósofo: há pessoas com a “cabeça cheia” e outras com a “cabeça feita”.
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