Poeta Sérgio de Castro Pinto |
Definitivamente, valeu a pena ter escrito o cordel “Biu
Pacatuba, um herói do povo paraibano”, contando a história de vida de um líder
campesino nos tempos das Ligas Camponesas de Sapé. Primeiro, por dar conhecimento
ao mundo deste grande ser humano que foi Severino Barbosa, um simples
agricultor que acreditou num mundo mais justo e dedicou sua vida na construção
dessa utopia. Depois, por ter conhecido a família de Pacatuba, principalmente
dona Leninha, esposa do irmão de Costinha de Mari, que me contou a saga familiar
dos Barbosa e me autorizou a escrever o cordel. Para arrematar o sucesso do
folheto, ganhei o Prêmio Patativa do Assaré de Literatura de Cordel do
Ministério da Cultura em 2011.
Um leitor e tanto eu ganhei na semana passada. Trata-se
do poeta Sérgio de Castro Pinto, autor de “A flor do gol”, entre outras obras
notáveis da poesia paraibana. Ele teve a gentileza de enviar alguns dos seus
livros para a Biblioteca Arnaud Costa, do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar,
cortesia que retribuí com um exemplar do “Biu Pacatuba”.
Hoje, recebo um bilhete eletrônico do poeta: “Fábio,
obrigado pela leitura prazerosa que você me
proporcionou. Confesso: só vim a conhecer Biu Pacatuba através dos seus versos
pungentes. Tios meus, irmãos de minha mãe, participaram da criação das Ligas
Camponesas. Osmar de Aquino e Maria do Carmo Aquino (Maria Cuba), principalmente
esta última.”
Sérgio de Castro Pinto é
pessoense, jornalista, professor de Literatura Brasileira da Universidade
Federal da Paraíba. É formado em Ciências Jurídicas e Sociais. Autor de várias
obras poéticas, tendo publicado em antologias em Portugal e na Espanha. É um
dos mais importantes poetas da Paraíba.
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