quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Biu Pacatuba com domicílio em trânsito, passando pela mais fina expressão poética da Paraíba

Poeta Sérgio de Castro Pinto

Definitivamente, valeu a pena ter escrito o cordel “Biu Pacatuba, um herói do povo paraibano”, contando a história de vida de um líder campesino nos tempos das Ligas Camponesas de Sapé. Primeiro, por dar conhecimento ao mundo deste grande ser humano que foi Severino Barbosa, um simples agricultor que acreditou num mundo mais justo e dedicou sua vida na construção dessa utopia. Depois, por ter conhecido a família de Pacatuba, principalmente dona Leninha, esposa do irmão de Costinha de Mari, que me contou a saga familiar dos Barbosa e me autorizou a escrever o cordel. Para arrematar o sucesso do folheto, ganhei o Prêmio Patativa do Assaré de Literatura de Cordel do Ministério da Cultura em 2011.

Um leitor e tanto eu ganhei na semana passada. Trata-se do poeta Sérgio de Castro Pinto, autor de “A flor do gol”, entre outras obras notáveis da poesia paraibana. Ele teve a gentileza de enviar alguns dos seus livros para a Biblioteca Arnaud Costa, do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, cortesia que retribuí com um exemplar do “Biu Pacatuba”.

Hoje, recebo um bilhete eletrônico do poeta: “Fábio, obrigado pela leitura prazerosa que você me proporcionou. Confesso: só vim a conhecer Biu Pacatuba através dos seus versos pungentes. Tios meus, irmãos de minha mãe, participaram da criação das Ligas Camponesas. Osmar de Aquino e Maria do Carmo Aquino (Maria Cuba), principalmente esta última.”

Sérgio de Castro Pinto é pessoense, jornalista, professor de Literatura Brasileira da Universidade Federal da Paraíba. É formado em Ciências Jurídicas e Sociais. Autor de várias obras poéticas, tendo publicado em antologias em Portugal e na Espanha. É um dos mais importantes poetas da Paraíba.


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