sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Sobre o trabalho voluntário


Normando Reis (esq.) e o blogueiro, em programa de rádio na cidade de Itabaiana


Agradecemos todos os monitores do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar que ajudam no projeto cultural da Sociedade Amigos da Rainha do Vale do Paraíba sem nada pedir em troca.

Você nunca foi voluntário em um projeto cultural ou social? Não sabe o que está perdendo. Mas só funciona se você estiver emocionalmente envolvido. Acreditar naquela ideia, conectando-se com o sentido daquelas ações. Senão vira um processo burocrático, um trabalho qualquer, e pior, sem remuneração. Portanto, todo voluntário é uma espécie de sacerdote da religião da boa vontade, do acreditar na energia da troca, da gentileza, no ver lógica e utilidade no seu trabalho em favor de alguém. 

No Ponto de Cultura Cantiga de Ninar a gente consegue montar esse processo criativo e acolhedor.  Os aluninhos de música e seus monitores, com suas limitações técnicas e materiais, têm uma ligação muito forte com os mestres. Eles compreendem o sentido de engajamento dos monitores.  Fica assim uma espécie de educação “personalizada”. Ninguém ali está dando seu tempo por dinheiro, e sim por companheirismo e vontade de ensinar. Os amigos e amigas que limpam o espaço nos finais de semana, que catalogam os livros da biblioteca e ajudam nos eventos, têm aquele projeto como uma conquista pessoal que demanda investimento numa coisa chamada afeição pelo outro. Isso é bom pra saúde em geral. Quem diz são os especialistas:  a atuação voluntária aumenta a expectativa de vida para quem auxilia o próximo, evita doenças graves como as do coração e o câncer, previne o estresse e a depressão.  

Para ser voluntário em um projeto cultural comunitário, não precisa ser especialista em nada. Basta apenas ter motivação e vontade de ser solidário.  E identificar-se com a causa. Portanto, se você tem tempo disponível e boa vontade, a gente tem um lugar no Ponto de Cultura onde aplicar a sua disposição. Apareça!

Hoje mesmo, e em todos os sábado, um professor sai de São José dos Ramos para ensinar espanhol sem remuneração alguma, apenas atraído pelo seu espírito cívico e interesse pessoal em difundir a língua de Cervantes. Trata-se do professor Normando Reis, aposentado ferroviário e ator de teatro amador. No Ponto, ele ensina espanhol e faz parte do grupo de teatro.  É assim, estabelecendo laços de confiança mútua e solidariedade, que a gente fica mais fortalecido.

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