O BAR
Conheci um bar que
não existe,
um bar que fica
numa rua triste,
em um subúrbio que
ainda persiste,
onde a
simplicidade subsiste
e na fachada,
escrito em cima que é um bar.
Nesse bar o vencido
ainda resiste
e a felicidade só
consiste
em cantar velhas
canções de copo em riste
à energúmena grei
do ébrio triste
que já morreu e esqueceram de enterrar.
Conheci um homem
nesse bar
coberto com um pano
de mortalha
enchendo seu
encéfalo canalha
esbandalhando sua
mente falha
mourejando nessa
ânsia de encontrar
no espelho em
frente sua verdadeira cara
entre uma clara e
outra escura,
em meio à ilógica
contextura
de sua própria e
fiel loucura.
Com uma cara ele enfim
se acha,
com a outra cara
ele se procura.
F. Mozart
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