(Foto: Rosival) |
Essa moça da foto é a nossa Maria Bonita do teatro de Itabaiana. Chama-se Das Dores Neta, cangaceira de alta deleitação e luminosidade, mulher de grandes frivolidades e esbelteza, hoje assumindo função burocrática na área da cultura na cidade Itabaiana do Norte. Ela é uma das pessoas que atualmente compõe o elenco do Grupo Experimental de Teatro de Itabaiana, que em 2012 completa 36 anos de atuação.
É para contar a história desse grupo de teatro que estou inscrevendo um roteiro de documentário chamado “A lista de Irene” para concorrer ao Prêmio Linduarte Noronha do Fundo de Incentivo á Cultura Augusto dos Anjos, da Secretaria de Cultura do Estado.
Não
tem A Lista de Schindler? Pois vou filmar “A lista de Irene”, um documentário
falando sobre a caderneta de anotações de minha amiga e ex-professora Irene
Marinheiro. O livrinho contém nomes e atas de reuniões do Grupo Experimental de
Teatro de Itabaiana, fundado em 1976 na cidade de Itabaiana.
“A
Lista de Schindler” é a história de como Oskar Schindler conseguiu salvar mais
de mil judeus da morte durante o holocausto judeu na Alemanha nazista. A lista
de Irene é a crônica de um grupo de rapazes e moças que conseguiram se salvar
da mediocridade e pequenez cultural de uma cidadezinha do interior da Paraíba,
em plena efervescência da ditadura dos militares.
Do
nosso grupo saíram escritores como Romualdo Palhano, atrizes do naipe de
Palmira, a artista plástica Jandira Lucena, o compositor e músico Jacinto
Júnior e poetas capazes iguais ao meu compadre Sanderli Silva. Os demais foram
cuidar de suas vidas e venceram como os advogados Jurandi Pereira, Joacir
Avelino, Zé Ramos, Normando Reis, Carlos Alberto Lucena, Joaquim Lopes e
Flaviano Almeida. Todos eles levaram consigo o que a vivência das propostas e
contexto que mobilizaram tanta gente boa, há mais de trinta anos, deixaram em
suas mentes. Zé Ramos um dia me confessou: “comecei a aprender a ver o mundo
com o GETI”.
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