domingo, 2 de outubro de 2011

TRIBUNA DO VALE NAS MÃOS DO POVO



Todo mundo lê o Tribuna do Vale em Itabaiana

Meu jornal Tribuna do Vale vai para o prelo amanhã. Circula em doze cidades do vale do Paraíba a partir de terça-feira. É lugar comum e cabotinagem dizer que o jornal é de boa qualidade, tem conteúdo, prima pela ética e, de um modo geral, não tem similar no mercado da região. Mas é verdade. Por ser entregue no sistema mala direta para assinantes e distribuído nas escolas e repartições públicas, tenho uma base de leitores constante e de qualidade. 

Faço esse jornal praticamente só, contando apenas com o concurso do diagramador, meu filho Helder Mozart, já que não domino o programa de diagramação eletrônica. Comecei a fazer jornal aos quinze anos de idade, em 1970, e nunca mais parei. Virou um vício. Na escola primária, eu escrevia arremedos de jornais nas folhas dos cadernos. 

Não tenho nenhum anúncio porque não tem um agente comercial. O jornal sobrevive de contratos com órgãos públicos. Mas temos uma linha independente. Entretanto, como nós, brasileiros, somos reconhecidamente subdesenvolvidos natos e hereditários, sei que tem uma reca de gente por aí dizendo que o jornal se vendeu a A ou B. Na edição que vai para a rua semana que vem, publico entrevista com o filho da prefeita de Itabaiana, dona Eurídice. O cidadão, por nome Zé Sinval, concedeu entrevista no rádio. Estou publicando para demonstrar respeito ao contraditório, porque o rapaz não dá entrevista fácil, muito menos a mãe do dito cujo. 

Superando nossos complexos e limitações, segue o Tribuna do Vale seu destino de ser o sal da terra de que falou um antigo comunicador judeu, por sinal analfabeto, segundo reza a tradição. Jesus era jornalista sem diploma. Por ter a sublime missão de levar a boa nova, não se importou quando o chamaram de charlatão.

Um comentário:

  1. Oi Fábio: Só por idealismo se pode fazer certas coisas. Um financeiramente abonado, poderia por hobby, se dá à divulgação do que se passa no pais e no Estado para obsequiar seus conterrâneos. Mas ante disponibilidades financeiras pequenas, credita-se ao sonho o arrojado empreendimento.
    Parabéns por mais essa conquista.
    A comadre Lourdinha

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