Dadas as condições físicas e mentais de
time cansado aos quarenta do segundo tempo, é legal a gente driblar
criativamente as agruras e mazelas da idade, dando o desconto da pouca
mobilidade por causa da chikungunya que
me atacou as articulações. Mesmo assim, saio pela tarde com meus compadres
poetas Sander Lee e Thiago Alves, resolvendo os muitos detalhes da festa de
abertura da exposição de Otto Cavalcanti e Thiago Alves, dia 25 de abril na
Fundação Casa de José Américo, em João Pessoa.
Na Fundação Espaço Cultural, saudades
aos píncaros. Encontramos com o teatrista Luiz Carlos Cândido, uma pérola de
pessoa, e ficamos relembrando os tempos de empreitadas teatrais na velha
Itabaiana do Norte, onde Lula deu oficinas, montou espetáculos e fez muitos
amigos.
Depois, fomos fazer visitação na
Biblioteca da Funesc, onde nos recebeu a Tatiana, chefe do setor, pessoa muito
educada e gentil. Provavelmente é furada essa teoria segundo a qual o serviço público
é mal feito e defectivo. Pelo menos naquele setor de cultura, os seres são
felicíssimos em dar atenção e apoio aos artistas que ali transitam em busca de
esteio. As pessoas tratam a gente com gentileza e polidez. Outro que nos
recebeu com urbanidade foi o Edilson, do setor de artes plásticas, que vai
emprestar os cavaletes para a exposição de pinturas.
Quanto ao Luiz Carlos Cândido, eu
levantaria uma estátua para esse rapaz, pelo muito que fez e faz pelas artes
cênicas da Paraíba. Enfim, todos estão ajudando para a realização da festa da
Academia de Cordel do Vale do Paraíba. Somos uma entidade sem grana, sem sede e
sem muita história. Vamos comemorar um ano de existência. Vai ter até
lançamento de selo comemorativo. Mas, é como se diz que a gente acha que não
pode fazer as coisas, e de repente descobre que pode. Por isso, alguns malucos
pensam um lance, correm atrás e acabam realizando. No nosso caso, somos três
malucos.
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