"Cinco mulheres na rua", de Ernst Kirchner |
Recebi mensagem que rola na net pedindo para listar os nomes de cinco mulheres que marcaram minha vida, “de uma forma ou de outra”. Eis o rol de minhas musas inspiradoras:
01 - IRACI MARINHO DE MELO – Essa é hors concours, isto é, sem competidor. É mãe do velho Fabinho, uma heroína igual a todas as mães, com a diferença de que esta é perfeita, com a perfeição intrínseca dessas santas que o meu compadre Romualdo Palhano chama de geratrizes.
02 – GILKA – Não se lembra de mim, certamente. Nem sei se ainda vive. Foi minha professora de música, no tempo em que se ensinava música na escola pública, e por tabela transmitia-se sensibilidade e elementos de pura poesia, tão importantes para a formação das pessoas. No lento ondular das valsas tocadas por ela no velho piano do Ginásio Estadual de Itabaiana, viajei na expressividade do som e da fantasia. Ela deu o tom e o ritmo de minha pré-adolescência.
03 – BENEDITA LUIZA – No mesmo tom de nostalgia, lembro de Benedita Luiza como uma senhora de alma nobre e generosa, que viveu na cidade de Mari, onde também morei por doze anos e
04- JOANA CÂNDIDA DA COSTA – Minha avó paterna, de apelido “Joana da Pólvora” porque em sua casa guardavam-se explosivos usados pela estrada de ferro para abrir cortes para a passagem da linha férrea. Meu avô, que não conheci, era ferroviário. Por ironia do destino, dona “Joaninha da Pólvora” morreu queimada no fogo que se alastrou em sua casa, devido à queda do candeeiro. Foi uma pessoa extraordinária em sua simplicidade. É nome de rua em Itabaiana.
05 – Essa mulher eu não digo seu nome porque ela não gosta de publicidade. Para ela construí um soneto feito de mel de abelha e frutas de um antigo paraíso onde não consta a árvore do bem e do mal.
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