terça-feira, 17 de julho de 2012

Faleceu o homem de teatro Elpídio Navarro


Não cheguei a conhecer pessoalmente Elpídio Navarro, mas dele tive notícias através dos companheiros teatristas amadores que com Elpídio conviveram. Ele gentilmente publicava minhas crônicas em sua revista cultural eletrônica “El Theatro”.  

Recentemente, outro teatrólogo das antigas, Anco Márcio, teve AVC e está fora de atividade. Por ironia, a peça teatral mais encenada de Elpídio chama-se “O velório”.

Elpídio foi diretor do Teatro Santa Rosa. Começou no Teatro do Estudante da Paraíba em 1954, um ano antes do meu nascimento, o que dá 56 anos de artes cênicas, onde teve desmpenho brilhante como ator, cenógrafo, iluminador, autor, produtor e diretor de teatro.  Foi professor da UFPB, onde atuou no Departamento de Artes e Comunicação. Aposentado, passou a morar em Cabedelo, sua terra.

Um comentário:

  1. Meu caro Fábio,
    Como você, acabo de perder, também um amigo. Conheci Elpídio quando ainda éramos estudantes. Um pouco mais à frente, ainda estudantes, nos reencontramos na Rádio Tabajara. Depois, a vida nos desencontrou, novamente. Certo dia, recebi uma email dele perguntando se não gostaria de escrever para o Eltheatro. Primeiro fiquei feliz pelo reencontro. Em segundo lugar, disse que seria bom nos mantermos em comunicação, também através do seu jornal semanal. Assim, como aconteceu com você, ele teve a gentileza de acolher meus escritos e editá-los. Algum tempo depois, como era do seu jeito, ele resolveu criar uma secção só para mim que ele próprio denominou de “Caçuá do Wilmar” onde havia de tudo um pouco. Apenas me comunicou.
    Semana passada, passei toda acamado com dengue hemorrágica e, só hoje, deparei-me com a notícia do falecimento desse amigo de longas datas. Outro dia, fui visitá-lo em sua casa, em Praia Formosa. Tivemos um bom papo e ele me presenteou com seu livro “O Velório” e disse: “Leve logo este que ainda tenho alguns exemplares aqui e vou me livrando deles devagar, desse jeito, presenteando aos amigos.” e fez um sorriso. Uma pena não ter podido ir ao seu velório para uma despedida formal. A Paraíba perde o Mestre do Teatro. A Paraíba perde meu amigo Elpídio. Um abraço.

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