domingo, 18 de julho de 2010

Velhas anedotas de Biu Penca Preta


Encontro meu amigo Biu Penca Preta no centro de Itabaiana. O cabra vai logo cobrando: “cadê o livro sobre minha vida?”. Ele quer um livro cujo título será “As aventuras de Biu Penca Preta no mundo da fuleiragem”. Fuleiro é o sujeito cafona e sem seriedade. Biu Penca também se assume como um autêntico tabacudo, que é uma palavrinha para adjetivar desde o abestalhado até o metido a besta.

Antigamente Biu Penca Preta se apresentava como engenheiro do Departamento de Estradas de Rodagem. Depois, quando conheceu o poeta Jessier Quirino, passou a dizer que era arquiteto. Mudou de profissão quando ouviu falar que o arquiteto fica entre o engenheiro e o decorador, sem saber se definir. Mesmo porque o computador faz tudo que o arquiteto faz e mais um pouco. Caiu fora e no momento assume o papel de contador, trabalhando com o meu amigo Som, que não para de contar os prejuízos causados pelo seu assistente.

Mas Biu tem uma coisa importante: senso do humor. Estudos indicam que a maioria das pessoas não tem senso de humor. A psicologia garante: quanto maior o senso de humor do indivíduo, mais proveito tira da vida. Outra: os caras dotados de fulgurante senso de humor têm inteligência acima da média das pessoas.

Biu conta que estava sentado no ônibus mascando chiclete em silêncio. Foi quando a velhinha ao lado disse:

– Agradeço a gentileza de querer conversar comigo, mas eu sou completamente surda.

A senhora entra no açougue com seu cãozinho lulu e começa a conversar com o cachorro como se fosse uma criança:

– Coitadinho do meu filhinho, fica no colinho de mamãe...

Biu pergunta:

– É cachorro único, madame?

Biu viajou e mandou uma carta para a mulher: “Não tenho tempo para escrever uma carta, por isso escrevo um cartão. Não posso dizer muito num cartão, por isso vou terminar.”

Depois de dois anos de casado, Biu disse que a mulher queria deixá-lo.

– Ela alega que eu faço muita raiva e ela tá emagrecendo. Só tá esperando que eu a faça chegar aos 55 quilos para me mandar embora.

Abriu a carteira e olhou brabo para a mulher e o filho:

– Esse menino tirou dinheiro da minha carteira! – berrou ele.

– Como sabe que foi ele? Podia ter sido eu – protestou a mulher.

– Você não foi. Ainda ficou um pouco na carteira.

Uma vez uma prostituta se ofereceu. Biu recusou:

– Se eu gostasse de tudo que mija sentado, criava rãs e sapos.

A madame chega ao mercado de peixes onde Biu trabalha.

– Dizem que peixe é tônico para o cérebro. Que quantidade de peixe devo comer por dia?

– A senhora coma duas baleias de tamanho médio – aconselhou ele.

Cinema de Zé Medeiros lotado. A fita era “..E o vento levou”. O galã enlaça a mocinha e tasca-lhe um longo e apaixonado beijo. Silêncio total na plateia. Na fila de trás, Biu grita:

– É assim que eu digo pra minha mulher fazer comigo!

Biu no espetáculo de mágica. O mágico:

– Preciso de um voluntário para comprovar que nada tenho escondido na boca.

Biu se apresenta. O mágico abre a boca:

– Diga à plateia o que o senhor está vendo:

– Piorreia, declarou Biu.

Durante cinco minutos a plateia rebentou de riso.

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