Da esquerda para a direita: Luiz Carlos Cândido, Adriana Felizardo, Fábio Mozart, Jacinto Moreno, Pedro Osmar, Marcos Veloso e Márcio Bizerril |
No próximo mês de agosto, o Grupo Experimental de Teatro de
Itabaiana (GETI) faz quarenta anos. Para comemorar o aniversário, o grupo iniciou
montagem da peça “Mari, Araçá e outras árvores do paraíso”, adaptação de texto
de Fábio Mozart, com direção de Marcos Veloso. “A ideia é contar a história da
fundação de uma cidadezinha paraibana, com foco na sua cultura e nas pessoas
que lutaram por ideais de liberdade e justiça”, afirma Veloso.
A
montagem tem a participação do poeta cordelista Márcio Bizerril e do veterano
ator Oriebir Ribeiro, além de Adriana Felizardo, Adriano Henrique Ribeiro e
Jacinto Moreno, com dramaturgia e produção de Fábio Mozart e assistência de
direção de Luiz Carlos Cândido.
O Grupo
Experimental de Teatro de Itabaiana foi fundado em 24 de agosto de 1976 em Itabaiana-PB,
e tem priorizado montagem de espetáculos comprometidos com a cultura
nordestina. Para marcar os 40 anos, o grupo optou por focalizar a cidade de
Mari, na microrregião de Sapé, que ficou conhecida pelos conflitos agrários nos
anos 60/70. “Cada cidadezinha desse país tem uma
historia diferente pra contar. Cada pedaço de chão traz consigo uma tradição,
uma cultura diferente. A riqueza vegetal, que foi a base da economia do
Nordeste na época da colonização portuguesa, foi o chamariz para o avanço dos
colonizadores em busca do cedro, do jacarandá e outras madeiras nobres,
fundando vilas, expulsando os índios e criando a civilização das várzeas da
Capitania Real da Paraíba, que depois gerou o latifúndio e os conflitos
agrários. Enfim, conhecendo a história de Mari, temos uma espécie de padrão da
própria história da Paraíba”, explica Mozart.
A peça
tem patrocínio do Fundo de Incentivo à Cultura Augusto dos Anjos (FIC), Secretaria de Cultura da
Paraíba, Funarte e Governo Federal.
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