terça-feira, 23 de novembro de 2010

Meu livro entrou na gráfica


Na foto, eu entregando os originais do livro “A Voz de Itabaiana e outras Vozes” na Gráfica e Editora Imprell. Quem passa a tomar conta do projeto literário é meu compadre Hertz (o de boné), art designer da Editora.

O livro tem patrocínio do Ministério da Cultura, Fundação Nacional de Arte, Banco do Nordeste do Brasil e Subsecretaria Executiva de Cultura da Paraíba. Na minha santa ingenuidade, acho que vou ser perdoado por botar esse filho no mundo, um bruguelo que conta histórias de minha terra Itabaiana. É lá que estão meus possíveis leitores, pois só a esse povo interessa ler piadas de Biu Penca Preta, lendas de Major Nonato, façanhas de Pingolenço e artimanhas musicais de Cabo Totô, Artur Fumaça, Sivuca, Adeildo Vieira, maestros Severiano, Luiz Carlos Otávio, Zezé e tantos outros bambas dessa terra impregnada de sentimentos artísticos.

Séculos se passaram, eu saí de lá aos trinta e três anos, não progredi, mas ganhei o título de “Cidadão Itabaianense”, sendo que agora retribuo a gentileza do povo da minha terra adotiva com um livro “que realça os pequenos grandes fatos das cidadezinhas do interior, impedindo que nossas origens e tradições populares caiam no esquecimento”, conforme tão bem escreveu meu compadre e ex-professor Zenito Oliveira.

Em nossos anais ficaram passagens tão gloriosas que equivalem à batalha de Itararé. Falo da batalha do Riacho das Pedras, o maior combate ocorrido na guerra pela independência do país. Disso a maior parte das novas gerações não sabe, e meu livro se ocupa de falar do nosso passado. Esse e outros fatos notáveis, de bravura e altivez do itabaianense, estão registrados em “A Voz de Itabaiana e outras vozes”.

Este escrevinhador recatado e incompetente acha que desempenhou a contento suas funções de contar o que ouviu do pai e de outras pessoas de lá. Modéstia de lado, meu livreto está agradável. Só não vai ter noite de autógrafos, que sei por experiência própria que essas noites são pouco rentáveis. O brilho é pouco e a amolação é grande, correndo-se ainda o risco de você dedicar livro a uma dama da alta sociedade com frases infames tipo: “para fulana, a maior bunda de Itabaiana no meado do século vinte”, só por distração e corre-corre. Meu compadre e escritor Erasmo Souto sabe do que estou falando...

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