terça-feira, 9 de novembro de 2010

Ditadura da economia come o rio pelas beiradas

O importante rio Paraíba banha a cidade de Itabaiana (PB)

O itabaianense Fabiano, internauta que se comunica pelo blog do Marconi, dá o grito de alerta: “a areia do rio Paraíba foi negociada com uma empresa. O povo quer saber quem vendeu e quem vai lucrar com o sangramento do nosso rio. Cadê o Ministério Público?”.

Meu compadre Fabiano, eu aqui propago sua denúncia e faço a seguinte afirmação: a ditadura da Economia domina toda uma série de sub-ditaduras. Você falou em Ministério Público, uma instituição honrada e que já deu provas de sua independência, através de bravos promotores públicos que enfrentam esquemas poderosos e podres para defender o interesse público. Mas tem a sub-ditadura dos manda-chuvas do interior, que chegam a limitar o trabalho dos agentes públicos, pressão essa que todo mundo conhece. Essa sub-ditadura perversa e sub-violenta força muitas vezes o arrefecimento de quem tem o dever de zelar pela natureza, pelos cidadãos e pelos espaços públicos.

A diplomacia e a serenidade ainda são o caminho mais curto para se conquistar direitos e interesses, com paciência, com calma, mas com perseverança. Meu conselho: junte um grupo de pessoas também preocupadas com essa violação do nosso rio Paraíba, procure a Câmara de Vereadores. Lá você encontrará uma lei de autoria do ex-vereador Pedro José da Silva que fala justamente na proibição da extração de areia no leito do nosso rio. De posse desse documento, procure o Promotor Público e faça a denúncia, com alguma prova (fotos das máquinas trabalhando).

É bom que se saiba que o vereador Pedro José da Silva, atual Secretário de Cultura de Itabaiana, batalhou duramente contra a destruição da vegetação ribeirinha, das matas de galeria e o assoreamento do rio Paraíba por areeiras ali instaladas. As areeiras feriam abertamente o disposto no Código Florestal em vigor no Brasil e praticamente nada se fazia contra as mesmas. Pedro fez do seu mandato uma trincheira de dura luta contra os agressores ambientais de qualquer tipo. O Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal tem relatórios e mais relatórios produzidos pelo vereador, denunciando a exploração das areeiras. Se o Ministério Público quiser, pára imediatamente a agressão ao rio e multa pesadamente os responsáveis.

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