domingo, 1 de agosto de 2010

Hospital de Mari fecha as portas


No dia 31 de julho de 2010, o Hospital Santa Cecília, de Mari, fechou as portas definitivamente, devido à crise financeira. Demitidos 19 funcionários, e seis cidades ficam sem assistência médica: Mari, Sapé, Caldas Brandão, Riachão do Poço, Sobrado e Gurinhém.

Minha velha vocação contestatória pede para identificar os culpados por esse crime. Por ação ou omissão, a lista de criminosos é um tanto extensa, a começar pelo governo do estado, o atual e os que o antecederam. Mas não o faço. Prefiro concordar com o jornalista mariense Professor Josa: “Esse é o momento de nos juntarmos e buscarmos uma solução para a reabertura do hospital Santa Cecília. O povo não pode ficar sem ele.”

Santa Cecília é padroeira dos músicos. Sua festa é celebrada no dia 22 de Novembro, dia da Música e dos Músicos. Em Sapé, a Santa dá nome à banda de música local. Apesar dos pesares, a valente filarmônica vem resistindo e sobrevivendo. O Hospital de Mari parece que ficou fora das atenções da Santa dos bemóis e sustenidos.

Sugiro mudar de nome, se o Hospital for um dia reaberto, se e quando os gestores públicos pararem um pouco de pensar e agir em função de conchavos eleitorais e refletirem um momento nas agruras do povo pobre sem assistência médica nos interiores desse Estado.

O padroeiro da saúde é São Camilo de Lelis, que cuidava dos doentes nos hospitais.
Mas voltando ao Hospital de Mari, até entendo que um hospital particular possa fechar suas portas, mas uma instituição filantrópica, que por princípio pertence à comunidade, é difícil perceber a lógica de tal ação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário