terça-feira, 24 de agosto de 2010

Fábio Mozart, Dom Quixote do agreste


Dr. Fernando Enéas de Souza


Continue "procurando sarna para se coçar" e "cutucando onça com vara curta", pois, se um dia (espero nunca) você perder essa capacidade de indignar-se perante as injustiças, você provavelmente se juntará à enorme legião de zumbis que andam por aí zumbizando e choramingando suas frustrações. Alembro aquele poeta popular, que dizia: “Quando eu perder a capacidade de indignar-me ante a hipocrisia e as injustiças deste mundo, enterre-me: por certo que já estou morto”.

O cidadão Fábio Mozart, que ainda me encontro engatinhando em conhecer - dado a sua extensão oceânica - é um espetáculo de civismo, um Cid Campeador em prol do nosso povo sofrido. Um devotado amante das causas populares.

Seja sempre assim companheiro Fábio Mozart e não envelheça jamais - assim como nunca envelheceu o grande Saramago - mantenha sempre viva a chama do jovem e arrojado Fábio Mozart que habita em você e se manifesta em todas as suas atitudes de sadia rebeldia.

Que importa o murmúrio, e os cochichos dos lamurientos fariseus?

Ora, convenhamos caro companheiro F. Mozart, fariseu tem como tarefa perturbar, fuxicar, zumbizar... e, como na vida fariseu é sinônimo de eunuco e bundão, a única coisa que sabem fazer é isso mesmo. É a parte que a eles (fariseus) cabe nesse lati (fúndio).

Um exemplo da fraqueza do fariseu: ameaçar o cidadão engajado nas causas sociais de ajuizar ações contra a sua pessoa. Ora, ora, companheiro F. Mozart, entendo que para um guerreiro popular essas ações são como tiros que saem pela cu (latra)- do fariseu é claro.

Aproveito a deixa para recordar-te o mito de Anteu que caracteriza o revigoramento que se manifesta em nós, quando mantemos contato com as nossas origens que são as lutas em prol de nossa sofrida gente.

O contacto com o povo é o que nos reanima, dando-nos forças, energias, saúde. E que nunca se traduza em nós o esgotamento gerado pelo afastamento das lutas populares. É esse contato popular que permite manter inapagável a chama da vitalidade e do colorido saudável das nossas ações.

E é esse contato que nos permite recompor nosso corpo humano, alimentando-o e possibilitando a renovação de suas energias: Concordo com você quando diz que “calar é deixar de existir como cidadão”, mas, entendo que isso não te diz respeito.

Nós do “batente das causas populares” o conhecemos Fábio Mozart, como a voz que não cala e, tenho absoluta certeza, que, onde houver uma voz clamando por justiça, a voz do sempre jovem cidadão indignado e rebelde de nome Fábio Mozart, como um soldado resoluto e altaneiro na linha de frente da batalha social se fará presente.

Saudações democráticas,
Dr. Fernando Enéas de Souza
Defensor Público

(Publicado no blog: www.professorjosa.blogspot.com)

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