Bukowski era um sujeito americano que, quando não estava
bebendo, escrevia poemas, contos e roteiros para cinema. Geralmente fazia as
duas coisas ao mesmo tempo. Eis o conselho amigável que ele deu a um jovem que
queria ser poeta (adaptado para os dias que correm):
“Leia a Bíblia. Deixe crescer a barba. Assista o BBB. Pinte
seus sapatos de azul. Dê a volta ao mundo em uma canoa de papel. Não coma tapioca
com banana e pimenta. Case com uma mulher dos lábios leporinos e aprenda a
beijar diferente. Escove os dentes com gasolina. Construa um quadrado de quatro
lados. Forme uma dupla de dois. Faça cinema mequetrefe com atores idem, mas não
imite Moreno. Seja candidato a vereador e a corno, nem sempre nessa ordem. Vá
ao teatro, mas não me chame. Fale oralmente o que vem à mente. Seja majestoso
diante do rei. Mas nunca, em tempo algum, escreva poesia.”
Outro americano, esse idiota, não genial como o bêbado
Bukowski, escreveu:
“Relatórios afirmando
que uma coisa não aconteceu sempre me interessam porque, como se sabe, existem
coisas sabidas que se sabe, há coisas que sabemos que sabemos. Também se sabe
que existem coisas desconhecidas de que sabemos, quer dizer que sabemos que
existem algumas coisas que não sabemos. Mas também existem coisas desconhecidas
que não conhecemos - aquelas que não sabemos que não sabemos.”
O autor dessa pérola: Donald Rumsfeld, secretário de defesa americano, um dos homens mais importantes do mundo, misturando a doutrina Sonsinho com o método confuso.
Conclusão: todos
somos livres para sermos idiotas ou geniais. Eu
quero exatamente dizer exatamente o que eu estou dizendo aqui. Se eu sou um debiloide? Não, mas
escrevo poesia imitando um autor português de Portugal. Vida de poeta, em
geral, é como vida de rico: muito chata. Por isso bebemos licor de cacau Xavier
com óleo de rícino.
Nenhum comentário:
Postar um comentário