terça-feira, 21 de dezembro de 2010


Ronaldo Morelle responde a Sander Lee

O poeta Sander Lee está com toda razão. Vejo Fábio Mozart, filho adotivo de Itabaiana que nunca a esquece. Tudo o que faz tem como tema Itabaiana. Ele é querido e amado por todos que o conhecem, desde as madames dos bordéis aos poetas dos cordéis, dos bebinhos da mesa de bar aos artistas do teatro, dos ferroviários seus colegas aos que ainda produzem cultura nesta terra.

O Diretor da Câmara Municipal, Casa Dr. Antonio Batista Santiago, me falou que foi proibido pelo Presidente de entregar as chaves para a realização do evento. Nós todos somos filhos desta terra: Adeildo Vieira, Sander Lee, Sivuca, Ratinho, Valdimir Carvalho, Aracílio Araújo, Galego Aboiador, Abelardo Jurema, Otto Cavalcanti, tanta gente boa e talentosa essa terra gerou, filhos ilustres que Itabaiana faz questão de esquecer e, no caso de Adeildo Vieira, até vexar e ofender com a injúria de não receber nosso artista em sua própria casa.

Esse ato mesquinho não interrompe o desejo da gente ver Itabaiana com as cortinas abertas para o espetáculo da verdadeira arte produzia pelos que vieram ao mundo para semear beleza com os dons que Deus lhes deu.

Enquanto Fábio Mozart respirar na face da terra, sobreviverá a cultura nesta terra de ninguém.

Um abraço do irmão

Ronaldo Morelle.

EM TEMPO – Falando das raparigas praticantes da pedofilia, lembrar de Biocha, Cento e Vinte e a Velha do Colorau. Aliás, Cento e Vinte foi a “professora” do meu amigo Roberto Palhano.


Crônica perfeitíssima, Fábio, desde a redação elegante e impecável até a aula sobre um triste pedaço de nossa história política e musical recente. Confesso que desconhecia por completo o que se passou com Ratinho, mesmo tendo sabido da demissão, por idênticos motivos, de Jorge Goulart, aquele do vozeirão das velhas marchinhas de carnaval propagadas pela velha Rádio Nacional, e sua mulher, a cantora romântica Nora Ney, predecessora do chamado estilo fossa, mais tarde adotado por Maísa. Apesar de minha opinião contrária ao socialismo como remédio recomendado para a cura das mazelas mundiais causadas pelo capitalismo, penso ter sido um covardia inominável o que o golpe militar de 64 fez contra pessoas que jamais pegaram em armas contra aqueles generais usurpadores, punidas simplesmente pelo alegado crime de crerem na doutrina marxista. Parabéns, repito, pela excelente crônica. Abraços.

Heitor Herculano – Austrália


Por mais que procuraram, não conseguiram suprimir a genialidade de muitos. Parabéns

pelo texto sobre o genial Ratinho.

Pedro Barbalho – João Pessoa/PB


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