sábado, 25 de dezembro de 2010

Eu e Rosy iremos estradar para ressuscitar a Tribuna


Essa minha mania por jornal constitui herança, explicada em termos de genética. Meu pai foi do batente, tipógrafo e redator de jornal, aquele profissional que participa de todas as etapas de produção: faz a reportagem, redige, compõe com os tipos móveis, produz a chapa, imprime, executa o acabamento, distribui a edição e depois briga por causa das matérias polêmicas, cronista de textos irônicos e combatentes que sempre foi. Escrevia os editoriais, produzia sueltos e titulava matérias. O velho Arnaud Costa foi um jornalista completo. Praticamente nasci numa oficina tipográfica.

Meu jornal Tribuna do Vale circulou por seis anos na região do vale do Paraíba, em Itabaiana, Salgado de São Félix, Mogeiro, Pilar, São Miguel de Taipu, São José dos Ramos e Juripiranga. Sem apoio e patrocínio, acabei por fracassar na empreitada. Mas em janeiro do ano que vem penso em retomar o projeto.

Minha comadre Rosy Chaves, de Itabaiana, quer ter participação efetiva nesse trabalho de ressuscitação do Tribuna do Vale. Ela tem uma moto, e com esse transporte quer ir de cidade em cidade vendendo espaços no jornal. Ao fim, dividiremos o prejuízo em partes iguais. Na verdade, estou condenado à labuta jornalística. Engajada ao projeto, Rosy Chaves é mais uma parceria dos tantos que já tive nas aventuras de produzir periódicos no interior. Já fiz jornal em Mari, Sapé, Mogeiro, Timbaúba, Pedras de Fogo e Itabaiana.

Eu já revelei a ela meu critério: só vamos publicar notícias boas. Seremos a encarnação da boa nova. Rosy Chaves também vai fazer o papel de repórter, mas sem muito alarde por causa do sindicato dos jornalistas que pode querer barrar o trabalho da moça porque ela não tem curso acadêmico. Ela vende queijo na feira, que em muitos casos é uma atividade mais digna do que as tarefas picaretárias de uma penca de jornalistas embusteiros e devidamente diplomados que conheço.

Na foto, Rosy Chaves usando sua experiência de vendedora, tentando negociar exemplares do meu livro “Biu Pacatuba, um herói do nosso tempo”.

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