terça-feira, 8 de novembro de 2016

Mandei Papai Noel adiantar as encomendas



Aliás, como sou simpático, elegante e tudo o mais, mesmo torcendo o nariz pra esse Noel, fiz minha boa ação natalina. A patrulha politicamente correta vai me dar alguns pontos de bonificação como uma espécie de passo adiante na construção de um mundinho mais humano e generoso.

É que eu estava na casa do compadre Dalmo Oliveira de Xangô, onde oxidava abandonada no quintal uma bicicletinha de menina, comprada para a filha do mestre e tornada obsoleta pelo desuso da menina moça. Aí, cheguei à questão: por que não dar essa bicicleta a uma criança pobre? Pedido feito e aceito, levei a byke para a oficina, mandei fazer uma lubrificação geral e levei para Itabaiana. Lá, o compadre Edglês Gonchá se encarregou de encaminhar o presente.

Gonchá rapidamente encontrou a nova dona da magrela. Trata-se de Maria Vitória, uma garotinha que mora em uma comunidade pobre, aluna da Escola João Fagundes de Oliveira. O currículo da mocinha é ouro: faz o 2º ano, tirou nota 10 na avaliação da Prova Brasil e agora, nas horas livres, vai pedalar feliz na sua bicicleta doada pelos tios Dalmo e Mozart.

Isso não é nenhuma contribuição para um mundo mais bacana. No máximo, a satisfação da menininha ativou meu córtex orbito-frontal, logo na frente do cérebro, e os meus malucos neurônios acionaram o sistema de recompensa, que é um truque antigo do mecanismo evolutivo. Entenderam? Cometam esse procedimento. Não se arrependerão.



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