sexta-feira, 26 de março de 2010

Sonhando coletivamente


Embrionário na barriga do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, o grupo “Ganzá de Ouro” recebe acalanto de pessoas esbanjadoras de sentimentos de adesão a iniciativas como esta. Um deles é meu compadre Benjamim, que lá da terra da Borborema assim se expressa: “E ali, num recanto de Brasil, mãos em brasa, coração pulsante, o delirante Mozart conduz, junto com seu povo, a pura arte brasileira. Alan, Rangel Junior, Vladimir, Fidélia, Bruno, Jomar, Janailson, Patrícia, Niu Batista, Márcio,
merecem conhecer o que se faz com arte nas bandas de Itabaiana. Gênio das gentes da terra, maestria do Mestre Fábio.”

Obrigado, meu amigo velho, pelas amáveis e poéticas considerações. Eu não sou mestre de nada. Não sou músico. Não sou professor. Não planto nem um pé de coentro, não sei a tabuada de cor e em matéria de literatura sou um ignorante. Mas sei ter sonhos, só delírios, nada de pesadelos. E nisto estamos todos de acordo com o sonhoso Raul Seixas: “sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade”.

Minha amiga dileta, a competente e valorosa jornalista Kátia Rogéria, com seu espírito prático assim processou a informação da criação do “Ganzá de Ouro”: “Lindo Fábio! Tem ‘alma’ nesse seu texto. Conseguindo transferir para esse novo grupo musical o espírito de realização que você deixa transparecer nesse texto/ideia/planejamento, então será mesmo uma maravilhosa realização. Ainda que se concretize aos poucos, passo a passo, para que a caminhada seja firme e eternizada, como expressões verdadeiras da cultura, inclusive, e especialmente neste caso, da tão acessível quanto (muitas vezes) esquecida cultura popular. Felicidade e vá em frente! Abraço, Kátia.”

Vou em frente e já adiantando uns adjutórios, ou promessas de auxílio do nosso patrício Zé Mário Pacheco, honrado e dinâmico itabaianense que mora em Natal. Zé promove todo ano uma Cavalgada de Natal a Itabaiana, chegando aqui no dia do aniversário da cidade, 26 de maio. O evento tem um lado filantrópico. Ao ler a crônica sobre a banda regional “Ganzá de Ouro”, Zé Mário não hesitou em colocar-se à disposição para ajudar na compra de instrumentais que faltam, com parte da arrecadação da venda dos kits. Não me atrevo a declinar de tão nobre ajuda.

Na foto, o Ganzá de Ouro começando a bater no bombo e soltar a voz.

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