quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

MC lança edital para rádios comunitárias no Norte e Nordeste


Brasília, 17/02/2016 - O Ministério das Comunicações lançou edital para autorização de novas rádios comunitárias em municípios das regiões Norte e Nordeste do Brasil. O anúncio de seleção n° 89/2016, publicado na última segunda-feira (15/02), no Diário Oficial da União, é o terceiro do Plano Nacional de Outorgas (PNO) 2015/2016 de radiodifusão comunitária.

A seleção pública possibilitará a instalação de novas emissoras em 85 municípios nos estados do Acre (9), Amazonas (11), Maranhão (29) e da Paraíba (36). As entidades terão o prazo de 60 dias para inscrição na seleção pública, mediante apresentação dos documentos indicados na tabela 1 do Edital, que começou a contar a partir de ontem, 16, com o prazo final em 15 de abril de 2016.
Foi criado um e-mail institucional exclusivo para facilitar o atendimento aos interessados em participar da seleção. Pelo endereço eletrônico duvidasradcom@comunicacoes.gov.br, será possível esclarecer dúvidas sobre o serviço de radiodifusão comunitária, como instruir um processo de outorga e quais as proibições.

Também está disponível no site do MC uma cartilha eletrônica que esclarece pontos importantes do processo. Também é possível obter os formulários necessários, como o Requerimento de Outorga e Modelo de Manifestação em Apoio, já atualizados de acordo com a Portaria n° 4334/2015. 
A íntegra do edital pode ser obtida no Espaço do Radiodifusor, constante no site. 

Novos Editais

De acordo com a programação do Plano Nacional de Outorga de Radiodifusão Comunitária, mais seis editais serão lançados até o início de 2017, contemplando todas as regiões do Brasil. A previsão é de que 765 municípios de todo o País sejam beneficiados com novas emissoras.

Sobre almas, traças, livros e ciranda

Poeta André Ricardo
Estou envolvido com dois eventos para março, e já convidando os compadres e as comadres. Ocorre que ocorrerá a entrega do Prêmio Leonilla Almeida no dia 8 de março, homenagem anual que o Ponto de Cultura Cantiga de Ninar presta às mulheres que tenham se destacado por suas ações em favor da coletividade e que influenciaram a vida de pessoas pertencentes a grupos vulneráveis da sociedade, ou que, através da arte, contribuíram para a valorização da cultura regional.  Neste ano, decidimos realizar o evento na cidade de Pilar, por dois motivos básicos: intenção de replicar em outras praças o que fazemos em Itabaiana deste 2009 e, também, porque na cidade Itabaiana do Norte nos faltou o apoio necessário para bancar uma infraestrutura mínima.
Dito isto e sem mais mi mi mi, escolhidas as figuras que receberão a homenagem pelo seu valor como pessoa humana dedicada ao bem comum, sou grato ao nobre confrade Evanio Teixeira, que estará presente como poeta da Academia de Cordel do Vale do Paraíba, à amiga Andrea Ramos, ao companheiro Wilton Pontual e demais pilarenses envolvidos, na presunção de alguma utilidade para sua terra esse reconhecimento dos valores humanos da terra de José Lins do Rego, Zezita Matos, Frutuoso Chaves e Manoel Xudu, iguais a dona Odete Cirandeira, uma das homenageadas.

O outro evento é o Encontro das Traças com o Sarau das Almas, provavelmente no dia 18 de março no Café Cultural Sivuca, em Itabaiana. O encontro das traças é uma feira de livros produzida pelo poeta André Ricardo em João Pessoa. Em Itabaiana, será suavizada pela música e pela poesia da galera do Sarau das Almas. Feira de troca de livros a gente já realiza, através do Núcleo de Literatura do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar. Desta vez, um dos melhores poetas do seu tempo, André Ricardo, vai lançar seus livros e declamar seus versos, junto com o poeta Sander Lee e os demais cordelistas.

Para mim, será um prazer receber pessoas que também se dedicam, com paixão, a essa coisa de espalhar livros, cuidar de livros e montar experimentos voltados para a valorização da leitura. 

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016



ESTAMOS COM OS DIAS CONTADOS
Robôs sexuais estão sendo feitos para substituir os homens até 2025.
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Espera em fila para agendar aposentadoria chega a 60 dias na Paraíba (CBN João Pessoa). O cara passar dois meses numa fila pra dar entrada na aposentadoria, é de lascar o furico do barão de Porcidônio e da porca de Vitá! 
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Justiça emite ofícios para bloquear iate, jatinho e residências de Neymar. Só estão liberados a carretilha, o carrinho e o chapéu.
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Entre todas as minorias, os ateus (e por consequência também os agnósticos) talvez sejam aqueles que têm menor visibilidade e sejam mais facilmente atacados. Quero que seja respeitado meu direito de não ter religião.
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“Eu não acredito em nada, nem no ateísmo.” – Ameba, o incrédulo.
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“A lógica me diz que, por exemplo, o cristão que pede a seu amigo imaginário (Deus) para passar no vestibular, está pedindo para esse deus trapacear e tirar o lugar de um que estudou mais e dar para ele que bajulou esse deus. Ao final, "Deus é fiel" significa isso.” – Jorge Titi.
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“É hipocrisia alguém praticar uma boa ação não como algo espontâneo, mas por medo de uma punição extramundana ou para receber alguma benção divina.” – Francisco Fernandes. Eu acrescentaria que é uma canalhice fazer favor aos outros em troca de votos.
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Madame Preciosa pede para ser ouvida na Lava Jato e abre sigilos fiscal e telefônico, abre ainda a blusa, o zíper, as pernas e a mente suja.
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No México, Papa pede perdão aos povos indígenas, mas não promete restituir as terras roubadas pela Igreja.
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Galera foi ouvir a banda Pau de Dar em Doido, no fim levou pau da polícia por não querer pagar a passagem do ônibus/navio negreiro em João Pescoço.
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O poeta pilarense José Augusto de Brito escreveu um livro chamado “Pingolenço, um tributo à arte”. Sobre um artista de Itabaiana que foi gênio, pouco reconhecido em sua terra.
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Taxistas investem em cooperativa só com mulheres ao volante no Pará. Esta é a primeira cooperativa totalmente feminina do Estado. Elas garantem que costumam ser mais prudentes e atenciosas no trânsito. Seria uma cooperativa sexista?


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Em Itabaiana do Norte, terra do artista Otto Cavalcanti, não tive apoio para fazer exposição de suas obras. Talvez aconteça na Fundação Casa de José Américo, dirigida pelo poeta Damião Ramos Cavalcanti.
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Meu irmão passou a vida toda pagando um plano de saúde. Quando precisou para operar a coluna vertebral, foi negado o patrocínio. Teve que entrar na Justiça para liberar o procedimento. Precisamos reinventar um país decente para nossos netos.
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Recebi um áudio com forte denúncia envolvendo um vereador da região do vale do Paraíba. Estou trabalhando na matéria, tentando ouvir o outro lado, como manda o bom jornalismo.




segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Pequenas reflexões sobre meu blog e minha mania de correr perigo


Este blog já deu o que tinha de dar, no quesito acesso. Quase ninguém lê o que aqui se escreve, o que considero sensato porque o mundo moderno não admite perca de tempo com amenidades pseudo literárias. Se bem que a Toca caiu nas graças de meia dúzia de amigos velhos, leitores diários que andam reclamando da falta de assiduidade. Dia sim, oito não, volto à Toca para tocar algumas besteiras e manter o charme, em consideração a esses amigos e amigas. Tudo se pode fazer na base da amizade.
Acho que os blogs foram engolidos pelas tais redes sociais. Vivemos na era da instantaneidade. Tudo tem que ser breve. Os tuiteiros não suportam ler mais do que cinco ou seis linhas. Somos pequenos grupos de leitores, cada vez mais escassos, os que ainda praticam aquele carnaval-solo de um livro nas mãos e uma rede ao vento, sem se importar com a profundidade dos conteúdos. Pelo contrário.
Mudando de via, quero aqui deixar registrado um quase acidente que sofri com minha bicicleta. Eu parado no cruzamento, esperando o trânsito amenizar para atravessar a rua. Calculando mal, arranquei em minha bike, no que quase fui esmagado por um ônibus. Consegui retornar ao ponto de partida, mas não evitei que um carro vermelho passasse por cima da roda traseira do meu transporte. Felizmente, eu estava fora do selim. Isso foi no Parque Solom de Lucena, onde a Prefeitura anda promovendo reformas para melhorar a tal da mobilidade, mas esqueceu de oferecer algum espaço para esses pobres diabos que se locomovem de bicicleta.
Tenho a clareza de perceber o preconceito dos motoristas com os ciclistas. Já disse aqui e repito: temos duas figuras que andam com as magrelinhas. Uma delas é o cara montado em seus apetrechos esportivos, sua bike caríssima de alumínio, seu capacete vistoso, colorido, sinalizando que ali vai um esportista de classe média. O outro cara da kalanga é o trabalhador comum em sua bicicletinha barata, uma camela comprada na feira de Oitizeiro, mais despojada do que sala de reboco no sertão. O primeiro circula nas rodovias, com sua prática esportiva, geralmente em grupos. O segundo ciclista anda pelas ruas, disputando espaço com os automóveis e motocicletas. Geralmente, morrem na contramão “atrapalhando o tráfego”, como na canção de Chico.  
Sob protesto dos motoristas, prossigo pedalando. Não posso andar a pé por causa da artrose nos joelhos. A bicicleta é minha cadeira de rodas. Entre viver sedentário e fazer roleta russa todos os dias no trânsito de João Pessoa, escolhi viver perigosamente. O índice de perigo que o ciclista corre é alto. Defendo esse tipo de transporte como uma coisa que pode mudar a vida das pessoas e da cidade. Seremos mais respeitados quando mais gente “respeitável” andar de bicicleta. Em vez de promover cenas ridículas como inaugurar ventilador em escola, por exemplo, o prefeito Luciano Cartaxo poderia andar de bicicleta nas ruas para sinalizar sobre a importância da ocupação das vias por este meio de transporte.

O óbvio: o aumento do uso de bicicleta no trânsito diminui não apenas a fatalidade dos acidentes envolvendo ciclistas, mas outros veículos também. Ou seja, trocando o uso de veículos motorizados por bicicletas, todos ganham.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

POEMA DO DOMINGO


Adeus Itabaiana


“Adeus Itabaiana das caibreiras
Dos fícus benjamins de braços dados.
Debaixo dessas sombras altaneiras
Eu tive belos sonhos embalados.

Adeus Itabaiana dos currais
De gados soltos pelos marmeleiros,
Das gameleiras belas, colossais,
Que ornamentavam meus sonhos brejeiros.

Adeus Itabaiana da harmonia
De mágicos encantos naturais,
Do perdão, do amor, da poesia,
Dos áureos tempos que não voltam mais!...”

Antonio Maia Neto (1926)


sábado, 13 de fevereiro de 2016

Coordenador da Rede de Pontos de Cultura da Paraíba concede entrevista ao “Alô comunidade” neste sábado


O programa “Alô comunidade” recebe o ativista cultural Antonio Sobreira (foto), assessor especial da Secretaria de Cultura da Paraíba e coordenador da Rede de Pontos de Cultura, neste sábado, 13, às 14 horas, pela Rádion Tabajara da Paraíba AM, com retransmissão através de 13 rádios comunitárias, rádios-postes, rádios web “Resistência” e Rádio Cuiá.

O programa é produzido pelo Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, de Itabaiana, Coletivo de Jornalistas Novos Rumos e Sociedade Cultural Posse Nova República, com produção e apresentação de Fábio Mozart, Dalmo Oliveira, Beto Palhano e Marcos Veloso.

Antonio Sobreira é forte defensor dos pontos de cultura como “forma de garantir o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional”, como afirmou Juca Ferreira, Ministro da Cultura. Na entrevista, ele esclarecerá a real situação dos Pontos de Cultura espalhados pelo Estado e as ações governamentais que garantam esses direitos culturais ao povo.

O programa pode ser ouvido pela internet, no site da Rádio Tabajara:

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Ponto de Cultura Cantiga de Ninar terá livro sobre atividades culturais

O ativista cultural Fábio Mozart anunciou que lançará um livro sobre as atividades do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, de Itabaiana, nos sete anos de produção cultural no município. Com o título de “Ponto de Cultura, uma cantiga de alma leve”, o livro mostra as ações desenvolvidas nas áreas de teatro, música, biblioteca, artesanato, cinema e eventos educacionais como oficinas de robótica e grafite.
Ainda para 2016, o “Cantiga de Ninar” planeja a produção do documentário “A lista de Irene”, sobre os quarenta anos de fundação do Grupo Experimental de Teatro de Itabaiana, com roteiro de Fábio Mozart e direção de Marcos Veloso. “O objetivo do livro e do documentário é de divulgar o trabalho que é realizado pela Sociedade Amigos da Rainha do Vale do Paraíba”, disse Mozart. “Esse município tem uma história muito rica, cheia de cultura e conhecimento, e nós, que fizemos parte daquela geração que concebeu o GETI e todas as manifestações culturais das décadas de 70/80, nos sentimos no dever de não deixar que tudo isso seja esquecido”, declarou Marcos Veloso.

Em 2009, a entidade se transformou em Ponto de Cultura, através de convênio com o Ministério da Cultora. Cantiga de Ninar na Rua é título de uma peça teatral montada pelo Grupo Experimental de Teatro de Itabaiana em 1999, para discutir o tema da violência contra os jovens e o abandono das crianças no Brasil. A peça ficou mais de sete anos em cartaz. Acabou batizando o Ponto.


“Acreditávamos numa cultura viva para um Brasil vivo. Ainda acreditamos, apesar deste momento/acidente. Neste livro, uma exposição de nossas ações durante esses sete anos como Ponto de Cultura, matérias postadas no blog. Em 2016, a entidade comemora 40 anos de atuação na cidade. Este livro quer destacar o esforço da comunidade pobre fazendo arte e construindo dignidade”, finalizou Fábio Mozart.